O Instituto Empresa, associação de investidores atuante na promoção da governança corporativa e na defesa de investidores, solicitou formalmente ao Departamento de Justiça dos EUA e à Securities and Exchange Commission (SEC, o equivalente à CVM aqui no Brasil) que investiguem as fraudes contábeis e abusos de poder de controle envolvendo a Americanas S.A.
A apresentação dos requerimentos à SEC e ao Departamento de Justiça dos EUA foi motivada pela identificação de perdas bilionárias sofridas por fundos de investimentos e fundos de pensão dos EUA. Além disso, investidores e fundos soberanos de várias partes do mundo foram atingidos, caracterizando o escândalo como de ordem global. “Nossa meta é assegurar que os acionistas lesados sejam ressarcidos pelos prejuízos da forma mais integral quanto possível”, afirmou Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa.
Desde janeiro de 2023, a Americanas enfrenta uma série de denúncias e processos judiciais após a descoberta de um rombo bilionário em suas contas. A fraude, que resultou em um dos maiores escândalos corporativos do Brasil, envolveu práticas contábeis irregulares e a omissão de informações cruciais aos investidores, afetando significativamente o mercado financeiro.
O Instituto Empresa já ingressou com arbitragens contra a Companhia e seus controladores, e, agora, expande suas ações para incluir autoridades internacionais, buscando contribuir com investigações já realizadas pelas autoridades brasileiras. Há cerca de 500 investidores envolvidos nessas demandas.
O pedido de investigação aos órgãos americanos destaca a gravidade do caso e a necessidade de cooperação internacional para assegurar que os responsáveis sejam responsabilizados. A investigação pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela SEC poderá revelar novos detalhes sobre as operações internacionais da Americanas e a extensão do impacto das fraudes.
No caso da fraude contábil do IRB, o Departamento de Justiça iniciou processo criminal contra a Companhia. Em razão dele, o IRB aceitou indenizar parcela dos investidores, destinando US$ 5 milhões para compensação das perdas. Eles estão sendo pagos aos investidores que atenderam determinados requisitos.
Em nota, o Instituto Empresa diz que “continuará a acompanhar de perto o desenrolar das investigações e a atuar em defesa dos interesses dos investidores: ‘não mediremos esforços para que o mercado financeiro volte a ter confiança nas práticas de governança corporativa das empresas brasileiras’.”
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