Analista recomenda cautela aos investidores do Banco Master

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O Banco Regional de Brasília (BRB) vai adquirir 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e, consequentemente, 58% do capital total do Banco Master, garantindo voto no conselho de administração. Nos bastidores, especula-se que aquisição gira em torno de R$ 2 bilhões. A transação será ainda avaliada pelo Banco Central. O BC tem até 360 dias para realizar análise.

O CDB do Master já chegou a pagar 140% do CDI, prêmio considerado alto para padrões do mercado. A informação foi citada pelo presidente do BRB, Paulo Henrique Bezerra, nesta segunda-feira, em entrevista ao programa CNN Money.

Fernando Bento, CEO e sócio da FMB Investimentos, recomenda cautela aos investidores do Master. “Nos últimos dias, muitos investidores do Master têm demonstrado preocupação após o anúncio da intenção de compra da instituição pelo BRB. É natural que esse tipo de notícia gere dúvidas e até certo alvoroço no mercado, principalmente quando ainda não há uma definição por parte do Banco Central sobre a aprovação da operação”, comentou Bento.

Segundo ele, independentemente de a compra ser ou não aprovada, os investidores devem lembrar que, quando respeitado o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira, por conglomerado, os investimentos em CDBs e outros produtos cobertos estão protegidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

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Na opinião dele, se a operação for aprovada, o cenário tende a ser positivo: a combinação entre Banco Master e BRB deve resultar em uma instituição financeira mais sólida e com maior capacidade de atuação. “Por outro lado, caso a operação não seja aprovada, isso não significa, de forma alguma, que o Banco Master sofrerá automaticamente uma intervenção”, destaca. Para Bento, mesmo diante de cenários mais adversos —“reforçando que estamos tratando apenas de uma hipótese” — os recursos aplicados até o limite garantido pelo FGC estariam protegidos.

“Para investidores que possuem valores superiores a R$ 250 mil em produtos emitidos pelo Banco Master, o mais prudente é avaliar um eventual redesenho de portfólio, respeitando os limites de proteção. Essa recomendação, aliás, vale não apenas para o Banco Master, mas para qualquer instituição de pequeno ou médio porte”, orienta o analista.

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