De acordo com análise de Andrea Ângelo, estrategista de inflação da Warren Rena, sobre o IPCA de abril, a expectativa do índice que será divulgado nesta sexta-feira, às 9h, é de 0,58% e variação 12 meses em 4,15%. “A leitura será de desaceleração em relação a março, quando teve alta de 0,71%, marcada pelo fim da contribuição altista da gasolina (mês de incidência da volta parcial dos impostos federais). E, em menor medida, pelo término do efeito do ICMS nas tarifas energia de distribuição e transmissão (Tusd/tust). Por outro lado, é esperado que este número mostre pressão vinda de passagem aérea e do reajuste de medicamentos”.
Segundo Andrea, o grupo Alimentação no domicílio deixa a deflação de março e deve apresentar alta de 0,25% no mês e 4,6% YoY, puxada por leites e derivados e tubérculos (batata e tomate), que seguem mostrando movimento de alta nas coletas. “Por fim, veremos a média dos núcleos e as principais aberturas de serviços acelerando em relação a março, principalmente por variações maiores em aluguel e condomínio e alguns serviços pessoais (médico, cabeleireiro)”, explica.
– Risco baixista na projeção pode vir da gasolina e do grupo saúde e cuidados pessoais. Por outro lado, vemos surpresa altista em alimentação e comunicação (telefone celular) -, afirma.
– Sobre os núcleos, nossa projeção é de aceleração em relação ao mês anterior e também em relação ao IPCA-15 de abril. E sobre serviços, esperamos variação ligeiramente inferior ao IPCA-15 de abril, porém acelera em relação a março. Esperamos aceleração de serviços no 2°trimestre, mas reversão na segunda metade do ano até que encerre em 5,3%, finaliza Andrea.