Anbima Summit 2025: possibilidades de transformação da IA

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Inteligência artificial - IA
Inteligência artificial - IA (ilustração CC)

A revolução da IA (inteligência artificial) e a maneira como está chegando ao mundo dos investimentos foi um dos temas do segundo e último dia do Anbima Summit 2025. O evento teve discussões sobre suitability, cibersegurança, finanças sustentáveis e papel das redes sociais e dos influenciadores, palestra com viés futurista e outros temas que dominam a pauta dos mercados. O evento é organizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

O economista Paul Krugman falou sobre o cenário geopolítico, citando a recente atuação do governo norte-americano e em suas possíveis consequências para a economia mundial. O economista fez uma análise do cenário e levantou possíveis consequências de longo prazo da política de tarifas e das relações comerciais entre os países, como o fortalecimento de acordos comerciais que não incluam os Estados Unidos. Na avaliação de Krugman, o verdadeiro perigo que o tarifaço representa não é retaliação, mas sim uma reprodução desse comportamento em outros países.

O futurista Ian Beacraft, CEO da Signal & Cipher, abordou as possibilidades de transformação da IA e as mudanças de mentalidade necessárias para as pessoas não temerem essa nova tecnologia. Na opinião dele, traduzir a IA apenas como uma ferramenta nos impede de enxergar todo o seu potencial.

“Somos programados para entender mudanças lineares. Temos dificuldade de compreender evolução exponencial. Mas, se nenhuma empresa consegue integrar novas tecnologias na velocidade em que elas são desenvolvidas, por que colocamos tanta pressão para integrar a IA imediatamente em nossas vidas?”, observou Beacraft.

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Na avaliação dele, o cenário de desenvolvimento da IA vai favorecer profissionais que aprenderem a criar sistemas capazes de aproveitar todo o potencial da tecnologia. “Os generalistas criativos serão agentes que combinam recursos humanos e de IA para obter resultados eficazes”, afirmou.

Rumos

A Resolução CVM 175, o novo marco regulatório da indústria brasileira de fundos de investimento, foi citada por João Pedro Nascimento, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele apelidou a norma de “Revolução 175”, dado o alcance das alterações para os fundos, que passam a valer integralmente em 30 de junho. “Com a 175, o Brasil impulsiona o sul global na regulamentação de fundos, liderando mudanças em outros países”, destacou.

Rodrigo Maia, diretor-presidente da FIN (Confederação Nacional das Instituições Financeiras) fez uma análise da situação atual do país, destacando que um dos principais desafios do Brasil hoje é definir um desenho mais claro e de longo prazo das instituições.

Na palestra “Para onde vai o Brasil?”, Maia tratou das relações entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. “A ineficiência está em todos os lugares, e os responsáveis não querem gerar eficiência estrutural. Por que não organizamos de forma adequada a representação no parlamento? É preciso uma discussão mais profunda sobre isso”, ressaltou.

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