Anfavea espera que 2022 seja um ano de recuperação

756
Luiz Carlos Moraes (foto divulgação Anfavea)
Luiz Carlos Moraes (foto divulgação Anfavea)

No balanço sobre o ano de 2021, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) registrou avanço de 11,6% na produção total de veículos leves e pesados no Brasil sobre 2020, com maior peso aos caminhões (alta de 74,6%) e comerciais leves (21,9%), puxados pelas picapes. No total, foram produzidas 2.248.253 unidades em 2021.

As vendas cresceram apenas 3%, segundo a associação. Os emplacamentos totais somaram 2.119.851 unidades. “Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um grau de recuperação”, afirmou Luiz Carlos Moraes (foto acima), presidente da entidade.

A Anfavea projeta vendas de 2,3 milhões de autoveículos em 2022, uma alta de 8,5% sobre 2021. Já na produção, a estimativa é de aumentar 9,4% este ano, para chegar a 2,46 milhões de unidades.

 

Espaço Publicitáriocnseg

Empregos estáveis

As vagas diretas em fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus ficaram estáveis, com 101,1 mil empregados no ano.

“Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus funcionários nesses dois anos de crise, mitigar perdas e manter investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, ressaltou Moraes.

“Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, concluiu o executivo.

Fábrica da PSA em Porto Real (foto divulgação PSA)
Fábrica da PSA em Porto Real (foto divulgação PSA)

Fusão de sucesso

O Grupo Stellantis, nascido no início de 2021, foi o maior destaque do ano no segmento automotivo na América do Sul. Com 22,9% de participação na região, as marcas de FCA (Fiat, Jeep e RAM) e da PSA (Peugeot e Citroën) somaram 811.600 veículos vendidos. Deste total, mais de 493 mil veículos são da Fiat.

O Brasil representou 635,5 mil veículos, e as marcas juntas responderam por 32% do mercado. A Fiat contribuiu com 431 mil veículos vendidos, o equivalente a 21,7% de participação de mercado. A marca está 125 mil unidades à frente do segundo colocado.

A Jeep somou mais de 148,7 mil unidades vendidas e 7,5% de participação. A Peugeot mais do que dobrou suas vendas em relação ao ano anterior, com 29,4 mil unidades e 1,5% de participação de mercado. A Citroën fechou o ano com 23,3 mil unidades vendidas e 1,2% de market share. E a RAM teve seu recorde de vendas no mercado brasileiro, com 2.759 unidades emplacadas e um crescimento de 87% em relação ao ano anterior.

Novo Jeep Renegade Trailhawk ( foto divulgação Stellantis)

Jeep expõe versão de novo Renegade

Em mais um spoiler antes do lançamento, a Jeep mostra um segundo teaser do novo Renegade, revelando o carro por completo na versão Trailhawk. O modelo, fabricado em Goiana (PE) e segundo mais vendido no Rio de Janeiro em 2021, agora exibe nova grade e faróis com DRL. Todas as versões terão motor turbo 1.3 de 185 cv com opção de tração 4×2 e 4×4. Não haverá mais motor a diesel.

Por dentro, o novo Jeep recebe central multimídia de 8,4” no painel, novos volante e quadro de instrumentos digital. Os bancos com o logotipo da versão Trailhawk possuem costuras em vermelho. A expectativa é que as primeiras unidades cheguem às lojas no início de fevereiro.

Novo Kwid (foto divulgação Renault)
Novo Kwid (foto divulgação Renault)

Renault revela novo Kwid

A Renault confirmou para 20 de janeiro o lançamento da nova geração de seu subcompacto Kwid, produzido no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR). Na linha 2022, o Kwid mantém os contornos da grade dianteira, com novos elementos, e faróis mais afilados, deixando a frente mais delicada. Atrás, basicamente as lanternas ganham novo desenho, e por dentro a Renault fez pequenos retoques.

A melhor novidade virá sob o capô: o Kwid herda o motor 1.0 de 82 cv usado no Sandero (upgrade de 12 cv em relação ao antecessor), enquanto a Renault se antecipa à obrigatoriedade e passa a oferecer no subcompacto o controle de estabilidade, conhecido pela sigla ESC, recurso que ajuda a manter o controle do carro em curvas fechadas ou em desvios bruscos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui