Além disso, fixou prazo até 31 de dezembro para a venda dos 15 campos dos polos de Carmópolis, Potiguar e Urucu (que não tiveram sucesso na primeira fase do desinvestimento da estatal). Caso a Petrobras não consiga vender esses campos no prazo determinado, a ANP pode “iniciar o processo de extinção contratual para os campos sem produção caso conclua que não houve evolução do processo”. A informação é da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Isso é uma perversidade. O problema não é porque os campos estão maduros ou têm baixa produção, o que está em jogo é uma decisão governamental de vender a qualquer custo. Mesmo que o campo de Candeias, na Bahia, por exemplo, tivesse o custo de extração de US$ 1, e o barril estivesse sendo vendido a US$ 40, mesmo assim, o campo de Candeias seria vendido”, analisa o diretor de Comunicação do Sindipetro Bahia, Radiovaldo Costa.
Para o Coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista, o que está em jogo não é a lucratividade. “O objetivo é entregar o patrimônio público e enfraquecer uma das mais importantes empresas públicas para privilegiar o capital privado e em especial o capital internacional. É um projeto de governo, de Bolsonaro e Guedes. Com esse tipo de decisão politica do governo federal, que não é econômica, financeira e muito menos técnica, como podemos acreditar no slogan ‘Brasil acima de tudo’?”, indaga Batista.
De acordo com dados da ANP, até o momento, dos 183 campos de terra e águas rasas colocados no processo de desinvestimento original, 100 (55%) foram concluídos, 54 (29%) campos encontram-se em fase avançada de negociação com manifestações das empresas, 15 (8%) não tiveram sucesso e foram incluídos em novos polos do projeto de desinvestimento da Petrobras, distribuídos entre os Polos Carmópolis, Potiguar e Urucu, e 14 (8%) estão em processo de devolução (análise para o descomissionamento ou inclusão na Oferta Permanente).
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