A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), agência reguladora dos planos de saúde, realizou, nesta segunda-feira, mais uma reunião com representantes da Unimed Ferj, na sede da operadora, no Rio de Janeiro. O encontro aconteceu a pedido da diretora de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO), Lenise Secchin, que foi acompanhada de técnicos da ANS e da diretora técnica nomeada pela agência para fazer o monitoramento presencial na Unimed Ferj.
A pauta foi a assistência a pacientes atípicos. Lenise Secchin questionou se a operadora tem alternativas para o atendimento a essas crianças que vinham sendo atendidas em clínicas que informaram que não prestarão mais serviços à Ferj. Ela cobrou que a operadora seja transparente e acolhedora com os beneficiários: “A Unimed Ferj precisa dizer o que está acontecendo e falar as medidas que está adotando para solucionar os problemas. Sabemos que se trata de uma situação crítica”, argumentou a diretora.
Segundo a Associação de Hospitais do Estado do Rio (Aherj), os débitos da Unimed Ferj com unidades de saúde passariam dos R$ 2 bilhões. O regime de acompanhamento instaurado pela ANS está levantando informações sobre o panorama da operadora. A diretora técnica nomeada pela agência está orientando a elaboração de um plano de recuperação.
“Mas a Unimed Ferj tem de ser proativa na comunicação das mudanças de rede, precisa ter acolhimento com os beneficiários que são surpreendidos com as mudanças e precisa informá-los, de maneira ágil e clara, quanto às outras opções de atendimento disponíveis”, destacou Lenise Secchin.
“A atual situação da Unimed Ferj decorre de problemas complexos que se arrastam há muitos anos e que estão refletindo na assistência aos beneficiários. Os pacientes não podem esperar, então é fundamental que a operadora tenha rede de prestadores com capacidade de dar conta da demanda”, pontou o diretor-presidente da ANS, Wadih Damous.
