Anúncio de estímulos nos EUA traz alívio ao mercado

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Bolsa de Paris
Bolsa de Paris (foto de Claudia Meyer/Sxc.Hu)

Os principais índices europeus fecharam sem direção única ontem. O avanço da Covid-19 continuou a gerar aversão pelo risco, deixando os investidores cautelosos. Como fator positivo, a produção industrial surpreendeu as expectativas, com elevação de 2,5%. Londres e Lisboa fecharam com queda de -0,13% e -0,69% respectivamente. Frankfurt ganhou 0,11%, Paris subiu 0,21%. Milão, apesar dos problemas políticos, teve alta de 0,43% e Madri avançou 0,18%.

O petróleo não suportou os temores referentes aos avanços da Covid-19 com elevação na China, Japão e nos países do ocidente, pressionando as expectativas referentes à demanda pela commodity energética. O WTI teve queda de 0,56%, a R$ 52,91. O Brent perdeu 0,92%%, em US$ 56,06.

Em Nova Iorque, os mercados fecharam de forma díspare, com os agentes olhando para os estímulos propostos pelos democratas e os riscos inerentes à Covid-19 em meio à votação do impeachment do presidente Donald Trump. O Dow Jones teve queda de -0,03%. O S&P 500 teve perda de -0,23% e a Nasdaq teve retração de -0,43%.

No Brasil, o principal índice da B3 sofreu com as expectativas negativas em relação ao avanço da Covid-19 no mundo, fazendo com que os agentes saíssem de ativos de risco. Além disso, existem todos os riscos inerentes ao país envolvendo as questões políticas e fiscais. O Ibovespa revê alta de 0,60%, a 123.998,00 pontos, e o dólar caiu -3,29%, a R$ 5,32.

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Na Ásia, os mercados responderam de forma mista, com os agentes animados em relação à possibilidade de estímulos que serão feitos nos EUA, chegando a US$ 2 trilhões. Todavia, o avanço da Covid-19 continua no radar dos investidores. O Nikkei teve alta de 0,85%. Hong Kong teve elevação de 0,82% e Seul ganhou 0,05%.

O aumento dos focos de contaminação em províncias da China fez com que os indicadores do país tivessem perda. Xangai e Shenzhen perderam 0,91% e 1,39%, respectivamente.

Hoje, os mercados abrem operando positivamente, com a possibilidade do anúncio referente ao estímulo de US$ 2 trilhões para a economia dos EUA, trazendo a perspectiva de crescimento para economia global e amenizando os impactos gerados pelo avanço da Covid-19. O mercado também ficará atento aos pedidos iniciais por seguro-desemprego nos EUA.

No Brasil, o mercado tende a seguir o bom humor global, além da atenção em relação ao avanço da Covid-19 no país.

O Tesouro oferta LTNs com vencimentos para 2021, 2023 e 2024; NTN-Fs para 2027 e 2029; e LFTs para 2022 e 2027. A partir das 11h30, o Banco Central ofertará até 16 mil contratos de swap.

Na Europa, a agência Destats publicou a prévia do PIB em 2020 em relação ao ano anterior. O indicador é importante, pois será levado em consideração para a Zona do Euro. O último trimestre do ano de 2020 tende a não ter a mesma força em relação aos anteriores, principalmente por conta das medidas de distanciamento social devido ao aumento no número de casos da Covid-19.  Segundo a agência, a economia alemã deve perder 5,0% em relação ao ano de 2020.

Para a Zona do Euro, foi divulgada a declaração de política monetária. Em linha com o anúncio de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), sobre a permanência da política de estímulos e da continuação do programa do QE ao longo do ano, caso necessário (observando os riscos ocasionados pela pandemia e, consequentemente, dos confinamentos), o documento mostrou a preocupação dos agentes, apesar de parte dos riscos como a criação de vacinas e as eleições nos EUA terem se dissipado.

Nos EUA, o Bureau of Economic Statistics publicará o indicador de preços de bens importados e exportados. A expectativa é de que os preços dos bens exportados fiquem relativamente estáveis, saindo de 0,6% em novembro e indo para 0,5% em dezembro. Para os bens importados, o mercado projeta avanço de 0,6% no último mês do ano, contra 0,1% no ano.

Os pedidos por seguro-desemprego devem levar em conta a permanência da sensibilidade da atividade econômica americana, ainda fragilizada pelas medidas utilizadas para conter a Covid-19. Assim, o mercado espera que o indicador continue próximo dos 800 mil pedidos pelo benefício, chegando a 780 mil pedidos.

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