Apagão no Facebook agrava perdas das empresas tech

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Facebook (Foto: divulgação)
Facebook (Foto: divulgação)

A falha que deixou fora do ar as redes sociais do Facebook (além do próprio, WhatsApp e Instagram) agravou as perdas das empresas de tecnologia na Nasdaq, Bolsa de Valores que concentra negócios com ações tech. O índice Nasdaq Composite recuou 2,14% nesta segunda-feira. O Dow Jones (DJI), principal índice da Bolsa de Nova York caiu 0,94%, e o S&P 500 cedeu 1,3%.

As quedas no mercado financeiro seguem a especulação com os juros norte-americanos e a possível redução, ainda este ano, do programa de compra de papéis pelo Federal Reserve (Fed).

As ações do Facebook registravam perdas de 4,89% às 18h desta segunda, a US$ 326,23, na maior baixa diária desde 20 de outubro de 2020. Com isso, o valor de mercado da companhia de Mark Zuckerberg caiu para US$ 766 bilhões, uma perda de mais de US$ 39 bilhões em um dia. O papel do Facebook desvalorizou 14,70% no último mês.

A queda nas redes sociais começou pouco depois do meio dia, inicialmente com relatos nos Estados Unidos e alguns países europeus, mas rapidamente se espalhando pelo mundo. Pouco antes das 17h, Mike Schroepfer, oficial-chefe de tecnologia do Facebook, publicou um pedido de desculpas para os usuários impactados pelo que classificou como “erros de rede”. Pouco depois das 18h, os serviços começaram a voltar, mas de forma intermitente e apenas para alguns usuários.

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Crachá não funciona e impede acesso de técnicos

A falha generalizada no acesso mostra uma mensagem de erro no domain name system (DNS) – a tecnologia que liga o endereço usado para se chegar aos sites internet protocols (IPs) dos servidores correspondentes que hospedam o conteúdo das páginas. Esta não é a primeira vez que o grupo de serviços administrados pelo Facebook apresenta problemas. Em junho deste ano, uma interrupção semelhante aconteceu. Na prática, é como se os números de telefone dos serviços do Facebook tivessem sido apagados da gigantesca agenda da internet. Outro problema foi registrado em abril.

A falha foi atribuída por especialistas em tecnologia a uma mudança na infraestrutura da rede. O problema digital logo se espalhou pelo mundo físico. Sem conseguir acesso aos servidores, segundo o jornal britânico The Guardian, os engenheiros do Facebook tiveram que ir até as sedes físicas para resolver o problema. Mas se depararam com outro obstáculo: os crachás digitais não estavam funcionando, impedindo o acesso, segundo o The New York Times.

 

Informante denuncia que Face não combate ódio

O apagão foi o ápice da tempestade que atingiu Mark Zuckerberg neste final de semana. No domingo, a ex-empregada do Facebook Frances Haugen concedeu entrevista ao programa 60 Minutes. Haugen assumiu ser a informante que vazou ao Wall Street Journal milhares de documentos sobre as práticas da empresa.

Ela acusou a companhia de colocar lucro à frente da segurança, e que mentia para o público e para as autoridades ao dizer que estava fazendo progressos para deter o discurso de ódio, violência e desinformação.

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