Semana passada, o Banco da Inglaterra (BC britânico) fez um alerta para possibilidade de estouro da bolha de inteligência artificial (IA). O acadêmico Arthur E. Wilmarth, em artigo publicado também na semana passada pelo site do Institute for New Economic Thinking, um think tank sem fins lucrativos com sede na cidade de Nova York, alertou para a “bomba-relógio” das stablecoins e derivativos de criptomoedas. Nesta terça-feira, foi a vez de Tobias Adrian, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) publicar um texto chamando atenção para os riscos de intermediários financeiros não bancários, “cuja crescente interconexão com os bancos pode exacerbar choques adversos”.
“Como detalhamos em nosso novo Relatório de Estabilidade Financeira Global, os testes de estresse mostram que as vulnerabilidades desses intermediários não bancários podem ser rapidamente transmitidas ao sistema bancário principal, amplificando choques e complicando a gestão de crises.”
Essas instituições incluem seguradoras, fundos de pensão e fundos de investimento e desempenham um papel cada vez mais importante nos mercados globais. “Juntas, as instituições não bancárias detêm atualmente cerca de metade dos ativos financeiros mundiais”, avisa Adrian.
“Nos Estados Unidos e na Zona do Euro, muitos bancos têm agora exposições não bancárias que excedem seu capital de Nível 1 — uma reserva crucial que permite a um banco absorver perdas e permanecer estável em tempos de crise. Da mesma forma, as instituições não bancárias agora respondem por metade do giro diário do mercado de câmbio, mais que o dobro de sua participação de 25 anos antes”, relata o diretor do FMI.
“Em um cenário de estresse em que as instituições não bancárias se tornam mais arriscadas e utilizam integralmente suas linhas de crédito dos bancos, cerca de 10% dos bancos estadunidenses e 30% dos bancos europeus (por ativos) veriam seus índices de capital regulatório caírem em mais de 100 pontos-base. Em outras palavras, as perdas bancárias e as quedas de capital aumentam drasticamente junto com o estresse entre as instituições não bancárias”, classifica Tobias Adrian, junto com as recomendações de praxe: aumentar a supervisão e os regulamentos etc. etc.
Rápidas
O saguão da Biblioteca Nacional, no Centro do Rio, receberá nesta sexta-feira, 14h, o evento “A Toscana de Puccini”, com obras de compositores italianos e do brasileiro Carlos Gomes. Promoção da Associação Lucchesi nel Mondo *** O Museu Afro Brasil Emanoel Araujo, instituição da Secretaria da Cultura do governo paulista, apresenta 2 exposições: Como a Terra Respira (até 22/2), primeira mostra individual da artista Isa do Rosário em São Paulo, e Orquestra (até 27/12), do fotógrafo pernambucano Xirumba, reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco *** O West Shopping promove, nesta quarta, campanha “Dia D Outubro Rosa” *** A artista brasileira Roberta Rech foi selecionada para representar o Brasil na XV Biennale Internazionale d’Arte Contemporanea e Design di Firenze, de 18 a 26 de outubro, na Itália. A Bienal de Florença reúne artistas de 84 países e conta com apoio da União Europeia, Unesco e Ministério da Cultura da Itália.
















