Após dois meses de queda, confiança volta a ter resultados positivos

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Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)
Shopping center (Foto: Valter Campanato/ABr)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medida pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 1,0 ponto em outubro, para 76,3 pontos após dois meses de queda. Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve negativo ao cair 2,0 pontos, para 77,8 pontos. Em outubro, o ICC foi influenciado pela melhora das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) variou 0,2 ponto, para 69,0 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 1,3 ponto, para 82,4 pontos.

Houve acomodação da avaliação dos consumidores sobre a situação atual. O indicador que mede percepção dos consumidores sobre à situação econômica no momento variou 0,3 ponto em outubro, para 74,8 pontos e o que mede a satisfação sobre as finanças pessoais, 0,2 ponto, para 63,8 pontos. Ambos se mantêm em patamar muito baixo em termos históricos.

Com relação às expectativas para os próximos meses, o indicador que mais influenciou o IE foi o que mede as perspectivas sobre a situação financeira familiar, cujo indicador avançou 3,8 pontos, para 83,5 pontos, recuperação apenas 30% das perdas de sofridas em setembro. O indicador que mede as expectativas sobre a situação econômica subiu 1,0 ponto, para 98,5 pontos. Mas mesmo com melhores perspectivas financeiras familiares, o ímpeto de compras para próximos meses continuou caindo pelo segundo mês consecutivo, 0,9 ponto para 67,5 pontos.

A análise por faixa de renda revela piora da confiança apenas para os consumidores com renda de até R$ 2.100 acumulando queda de -1,4, para 63,7. A faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800 registrou o melhor desempenho com alta de 5,3 pontos para 73 pontos.

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Já segundo o Índice Nacional de Confiança (INC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a confiança do consumidor brasileiro segue estável em outubro, mas ainda em patamar pessimista – abaixo dos 100 pontos. O indicador registrou 72 pontos, dois a menos se relacionado com setembro. A pesquisa vai de 0 a 200 pontos e mede a visão e a segurança da população em relação ao país, às finanças do brasileiro e prevê o comportamento destas pessoas na hora da compra. Neste mês 1.568 pessoas foram entrevistadas em todo o território nacional.

Nos últimos dois meses o indicador de confiança da ACSP ficou estagnado em 74 pontos, interrompendo a tendência que apontava para uma melhora no ‘humor’ de quem acredita em um país melhor. A curva ascendente começou a ser registrada a partir de maio. Naquela ocasião o indicador marcava 66 pontos e foi aumentando mês a mês desde então. A melhora na confiança dos consumidores, segundo o economista, vai depender da recuperação do emprego e da renda e do ritmo da cobertura vacinal.

Entres as regiões pesquisadas, o indicador apontou que no Sudeste a confiança se manteve igual ao mês anterior, com 75 pontos. No Sul e no Nordeste o dado está na margem de erro, apesar das quedas de um e dois pontos, 66 e 63 pontos respectivamente, o que é considerado estável.

Os consumidores do Centro-Oeste e do Norte do país são os menos confiantes de acordo com a amostra. A queda no indicador para as regiões foi de quatro pontos: 83 e 85 respectivamente. O fator principal para esta desconfiança no centro-oeste está na estiagem, uma das maiores dos últimos 90 anos, o que prejudica a produção agrícola. No Norte, o ritmo da vacinação, mais lento, ainda preocupa os consumidores. Seis dos sete estados que compõem a região têm as menores coberturas vacinais do Brasil.

A pesquisa ouviu entrevistados de todas as classes sociais. Entre os mais confiantes, a classe C é a mais otimista, com 80 pontos, enquanto a classe DE é a mais desconfiada, com 51 pontos.

Questionados sobre como os consumidores se sentiam com relação à economia, situação financeira e o emprego, o indicador nacional registrou 58 pontos entre os entrevistados muito insatisfeitos com a atual situação. Entre o grupo de pessoas que disseram estar muito satisfeitos o indicador atingiu 25 pontos.

Entre os que acreditam que o país está na direção errada, o indicador marcou 59 pontos, 20 pontos para os que acreditam que o Brasil está na direção certa, e 21 pontos para os que não souberam avaliar.

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