Após recuo nos preços em abril, gasolina e etanol voltam a subir

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Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)
Bomba de combustível (Foto: Marcelo Camargo/ABr)

De acordo com o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL), os preços médios da gasolina e do etanol voltaram a apresentar aumentos no início de maio. Os postos comercializaram a gasolina pelo preço médio de R$ 5,747, 0,85% acima do registrado no fechamento de abril. Já o etanol avançou 2,55% e foi encontrado a R$ 4,681.

Todas as regiões voltaram a registrar aumentos nos preços no início de maio. O etanol no Sudeste avançou com a taxa mais significativa, de 5,13%. Na Região Norte, mesmo com o menor aumento, de 0,37%, foi comercializado o litro mais caro de todo o território nacional, a R$ 4,820. O etanol mais barato foi encontrado no Centro-Oeste, a R$ 4,397.

Já a maior alta de preços da gasolina foi identificada no Sul, de 1,68%. Ainda assim, a região registrou o combustível mais barato, a R$ 5,523 o litro. O preço médio mais caro foi comercializado no Sudeste, a R$ 5,866. No recorte entre estados, São Paulo apresentou o maior aumento de preços do etanol, na comparação com o fechamento de abril, mas também o combustível mais barato do país, a R$ 3,957, alta de 8,20%. Já o Pará registrou o etanol de maior preço médio, a R$ 5,350.

Também no Norte, o Acre apresentou o maior recuo de preços do etanol, de 4,73%. Já o Amazonas registrou a maior redução no valor médio por litro da gasolina, de 2,88%.

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A gasolina mais barata do país no início de maio foi encontrada em Santa Catarina, a R$ 5,301. Já o combustível de maior valor médio foi comercializado pelos postos acreanos, a R$ 6,273. O aumento de preços mais significativo foi registrado no Ceará, de 2,49%.

Na semana passada, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) divulgou nota manifestando preocupação quanto às discussões sobre a evolução compulsória do teor de biodiesel no óleo diesel comercializado no Brasil – atualmente a mistura está em 13%. Subscrevem o documento nove entidades que representam mais de 200 mil transportadoras, empresas produtoras, distribuidoras, importadoras e revendedoras, além de indústrias relacionadas ao consumo de diesel.

De acordo com a nota, a evolução prevista do percentual de mistura implicará maiores custos para o transporte de cargas e de passageiros, o que aumentaria os preços de produtos para toda a sociedade. Segundo o posicionamento, essa elevação também poderá provocar danos a máquinas e motores, diminuição da sua vida útil e baixa performance de equipamentos.

O documento informa ainda que, a partir de 2022, entrarão em vigor, no Brasil, novos limites de emissão de poluentes com a adoção de tecnologias veiculares mais modernas (Fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve), com as quais os altos percentuais elevados de biodiesel ainda não foram testados.

“Estudos recentes apontam que teores elevados de biodiesel promovem aumento das emissões de óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e monóxido de carbono, com impactos negativos que afetam a saúde humana e o meio ambiente, além de elevar o consumo de combustível, gerando ainda mais emissões e custos adicionais que são transferidos a toda a população”, explica a nota.

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