Após reforma tributária, governo vai taxar produtos nocivos à saúde

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Bernard Appy (Foto: Valter Campanato/ABr)
Bernard Appy (foto de Valter Campanato, ABr)

O secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, confirmou que a ideia do governo é sobretaxar produtos nocivos ao meio ambiente e à saúde com o novo Imposto Seletivo. Mas a definição de quais produtos serão afetados pelo novo imposto será objeto de um debate posterior à reforma tributária.

Appy participou nesta sexta-feira de seminário sobre a agenda 4S (sustentabilidade, saúde, solidariedade e sociobiodiversidade) promovido pela Comissão de Legislação Participativa nesta semana. Durante o evento, representantes do Ministério da Saúde e de ONGs defenderam a sobretaxação de cigarros, bebidas alcóolicas e açucaradas e alimentos ultraprocessados.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) concordou e sugeriu que o cashback, devolução de impostos prevista na reforma, seja vedado para produtos que fazem mal à saúde e ao meio ambiente.

Segundo Appy, a reforma atende à agenda 4S, mas nem todos os ganhos serão tratados na Proposta de Emenda à Constituição em discussão no Congresso, mas em leis complementares que vão regular a matéria. Ele deu o exemplo do cashback cujo funcionamento será tratado em legislação posterior.

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O secretário Bernard Appy disse que a reforma deve manter a desoneração de produtos da cesta básica, mas que isso não deve se restringir a alimentos e deve incluir, por exemplo, produtos de higiene feminina como os absorventes.

Outro caráter social da reforma é o aumento da arrecadação por meio do crescimento econômico, o que deve alavancar políticas públicas diversas. A expectativa é crescer 12 pontos percentuais nos próximos 15 anos. Segundo Appy, a criação do Imposto sobre Bens e Serviços, que vai substituir cinco tributos sobre consumo, deve desonerar produtos consumidos pelos mais pobres.

“No Brasil, o consumo do rico é menos tributado que o consumo do pobre. Por que? Porque rico, mesmo considerando a desoneração da cesta básica, consome mais serviço. E serviço hoje no Brasil é menos tributado que mercadoria. E pobre consome mais mercadoria”, explicou.

Agência Câmara de Notícias

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