Apreensões de contrabando em São Paulo crescem de 589 para 689

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O número de apreensões (689) de produtos contrabandeados no estado de São Paulo apenas nos primeiros seis meses deste ano já supera o volume de  todo o ano passado, quando houve 589. Os dados foram divulgados hoje pelo secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, durante fórum sobre combate ao contrabando.
Segundo o secretário, embora a competência do combate ao comércio de produtos contrabandeados seja, primariamente, da Polícia Federal, as polícias paulistas têm colaborado.
– Este tipo de crime ocorre desde a década de 80. Mas, agora há entrosamento maior entre os organismos de segurança, firmando parceiras com a Polícia Rodoviária Federal para auxiliar no combate ao crime – declarou.
Ontem, o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) fechou uma fábrica que falsificava uma marca de cigarros contrabandeados, uma nova modalidade de crime. Na fábrica, localizada na cidade de Cotia (SP), foram realizadas 15 prisões, sendo 13 de paraguaios.
– É um negócio extremamente lucrativo e que vem merecendo a atenção das autoridades fazendárias e das nossas policias – disse o secretário.
Para ele, os cigarros são os principais produtos do contrabando no estado. Em 33 municípios, foram descobertas 60 empresas que fabricavam cigarro contrabandeado.
– As ações visando a combater o crime são efetivamente rigorosas, contínuas, de inteligência policial, com auxilio de departamentos especializados – afirmou.
Hoje à tarde, o secretário se reúne com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, na Secretaria da Segurança Pública, e com representantes da Polícia Federal.
– Vamos tratar não só do contrabando, mas de alguns temas que nos afetam de forma muito delicada, como o contrabando de armas e o ingresso de drogas no país durante a Olimpíada.

Itamaraty organiza encontro com países do Cone Sul para discutir assunto
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, informou hoje que o Itamaraty vai organizar um encontro com os países do Cone Sul para discutir a cooperação no combate ao contrabando na região. Segundo o ministro, estão sendo os feitos os preparativos para que o evento ocorra até o fim deste mês.
– A cooperação é em matéria de informação, em termos de forçar que eles  reprimam essas atividades internamente. E até no sentido de fornecer equipamentos e homens, se for necessário, para esse combate – ressaltou o ministro, ao participar de um fórum sobre contrabando promovido pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.
Para Serra, a entrada ilegal de produtos no Brasil é um problema que atingiu proporções gigantescas.
– O contrabando em escala fenomenal, como é no Brasil, tira dinheiro dos impostos e não gera empregos – disse ele, ao lembrar que essas atividades são controladas por quadrilhas, o que também reduz a segurança dentro do país: “é uma política que visa, sobretudo, à economia e à segurança da população brasileira”.
O ministro disse, inclusive, que já tratou do problema com autoridades paraguaias, uma vez que o país vizinho é apontado como uma das principais origens das mercadorias contrabandeadas que chegam ao Brasil.
– O ministro das Relações Exteriores do Paraguai esteve em Brasília, conversei bastante com ele. Estão com o ânimo absolutamente cooperativo nessa matéria.
Internamente, ressaltou Serra, a intenção é integrar os trabalhos dos diferentes órgãos que atuam em relação ao tema.
– O governo decidiu ter uma ação coordenada. Há setores muito competentes na área, como a Receita e a Polícia Federal. O que se demanda é a coordenação, inclusive com as Forças Armadas.

Com informações da Agência Brasil

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