Bem colocadas no ranking de empresas respeitadas elaborado pela consultoria PriceWaterhouseCoopers e pela bíblia do mercado, o jornal Financial Times, as brasileiras Cemig e Copel têm uma coisa em comum: tomaram decisões que defenderam suas atividades mas afetaram os interesses de investidores estrangeiros. A companhia mineira de eletricidade foi alvo de polêmica logo no início da gestão de Itamar Franco em Minas; o ex-presidente não aceitou o acordo de acionistas que retirava do Estado, majoritário, a gestão da empresa. Já na geradora paranaense foi o governador Requião quem “peitou” e suspendeu contratos contrários à empresa. Espera-se a inclusão, na lista do ano que vem, das concessionárias de rodovias no Paraná.
Santo de casa
O ranking da consultoria PWC também deu razão a antiga reclamação dos defensores da Petrobras: a empresa continua sendo mais reconhecida no exterior do que no Brasil. Enquanto na consulta aos executivos estrangeiros a estatal foi a única empresa nacional mencionada entre 72 companhias, em seu próprio país ficou em segundo lugar, atrás da Votorantim, ignorada no ranking internacional.
Dois aniversários
O Espaço Cultural BM&F abre, no próximo dia 29, sua temporada 2004 com a exposição São Paulo: 450 Anos – Arte em Diálogo. Para comemorar dois aniversários, o da cidade de São Paulo e os 18 anos da BM&F, a mostra reunirá 27 artistas, com obras inéditas, produzidas especialmente para a mostra, tendo como inspiração a cidade de São Paulo. Participam da exposição os artistas Aldemir Martins, Alex Cerveny, Alex Flemming, Antonio Maluf, Arnaldo Battaglini, Caetano de Almeida, Carlos Matuk, Claudio Tozzi, Edith Derdyk, Evandro Carlos Jardim, Dudi Maia Rosa, Gregório Gruber, Gustavo Rosa, Guto Lacaz, Leda Catunda, Luiz Paulo Baravelli, Marcelo Nietche, Maria Bonomi, Odetto Guersoni, Paulo Pasta, Paulo Whitaker, Renina Katz, Sérgio Bertoni, Sergio Fingerman, Sergio Romagnolo, Stela Barbieri e Tuneu. A curadoria é da museóloga Gilda Baptista.
Raposa no galinheiro
A definição que se segue foi retirada do site do PFL: “As agências reguladoras foram criadas com as características atuais pelo anterior governo para garantir o respeito aos interesses dos usuários dos serviços públicos e limitar o poder das empresas e do governo. As agências foram criadas para arbitrar entre a necessidade de lucro das empresas e da fúria arrecadadora do governo.” Como nessa arbitragem, até agora, os consumidores raramente ganharam uma, dá para entender por que o PFL é contra o novo modelo para o funcionamento das agências.
Olho vivo
O Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM-RJ) recebeu ontem o reforço de 13 novos geólogos, mais que o dobro do atual contingente do órgão. Entre as tarefas, acompanhar a arrecadação dos royalties de petróleo. Os técnicos atuarão também na perfuração de poços profundos nas regiões Norte e Noroeste para produção de água e vão ajudar no esforço para o crescimento das exportações de rochas ornamentais e de revestimento.
Crise
George W. Bush passou uns dias em Palm Beach, lugar dos bacanas norte-americanos em Flórida, para faturar uns trocados para sua campanha. Só podia falar com ele quem pingasse US$ 2 mil. O presidente candidato à reeleição faturou US$ 750 mil. Analistas políticos acharam a quantia pequena.
Eternidade
Quem liga para 08002820120, telefone de atendimento aos clientes da Light, distribuidora de energia do Rio de Janeiro, é advertido de que o tempo de espera previsto “é superior a dois minutos”. Após cerca de 12 minutos de espera, o cliente entende que os conceitos de “menor do que” e “maior do que” são bem mais elásticos para a empresa francesa do que aprendera nas aulas de matemática.