Devido à forte queda na demanda causada pelo coronavírus, a Saudi Aramco reduziu nesta segunda-feira os preços que cobrará por seu petróleo para os clientes da Ásia, Mediterrâneo e noroeste da Europa. Paralelamente, sem a menor explicação, a petrolífera estatal, elevou todos os seus preços para os EUA. Acontece que, na semana passada, o presidente Donald Trump ameaçou elevar tarifas sobre importações da commodity, numa tentativa de persuadir sauditas e russos a cortarem sua produção, ameaça que não seria concretizada caso Rússia e Arábia Saudita chegassem a um bom termo.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia e o México concluíram um acordo no domingo para a redução de 10 milhões de barris por dia para vigorar em maio e junho. Quase que houve problema, pois o México não concordava com a quota de produção lhe destinada, mas os mexicanos conseguiram uma vitória diplomática, de vez que lhes foram cortados apenas 100 mil barris diários. Os 13 membros da Opep+ e os 10 países parceiros irão reduzir a extração em 9,7 milhões de barris por dia. Os EUA, o Brasil e o Canadá, membros do G20, mas que não fazem paarte do cartel, contribuirão com um corte adicional de 3,7 milhões de barris por dia.
Governo manda Sabesp postegar aumento
Apesar de ter conhecimento do decreto que reconhece o estado de calamidade pública devido a pandemia de coronavírus, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo autorizou Sabesp a fazer o reajuste tarifário de 2,4924% . Porém, a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente desautorizou a autarquia do governo de São Paulo e a obrigou a postergar a publicação das novas tabelas tarifárias para o dia 10 de junho de 2020. A Arsepe recuou e a Sabesp informou à Comissão de Valores Mobiliários que o aumento só vai valer a partir daquela data,
Para os analistas da XP Investimentos, as ações da Sabesp poderiam ter reação levemente negativa à postergação do aumento de tarifas da empresa, apesar de que um aumento de apenas 2,5% não seria de grande impacto nesse momento, principalmente em vista da isenção já existente às famílias de baixa renda e da pequena representatividade das contas de água e esgoto na renda das famílias. E mantineram a nota das ações como neutra.
Itaú recomenda a compra de Eneva
A alçao da Eneva tem um valuation classificado de decente pelos analistas do Itaú BBA que consideram que a empresa será beneficiada com mais movimentos de crescimento no futuro. Além disso, colocam a Eneva como um dos nomes mais defensivos da crise da Covid-19, porque sua geração de energia é quase totalmente contratada. A ação da Eneva teve a recomendação de desempenho acima da média do mercado, com preço-alvo para 2020 de R$ 39 por ação.
Coteminas gasta merreca na Argentina
A Tropical Agroparticipações teve prejuízo de 1,1 milhão no ano passado. A Coteminas gastou R$ 23 milhões para liquidar essa unidade argentina. No ano passado, a têxtil mineira teve prejuízo de R$ 42,4 milhões, invertendo o lucro líquido de R$ 231,5 milhões apurado em 2018 e segundo a empresa, os resultados sofreram o impacto da variação cambial de investimentos feitos no exterior. A receita líquida da Coteminas aumentou de R$ 1,77 bilhão para R$ 1,86 bilhão no ano passado, mas sua dívida teve pequena redução, baixando de R$ 1,26 bilhão para R$ 1,12 bilhão. Taí uma explicação melhor para o prejuízo: vendeu muito mas as despesas financeiras absorveram tudo.
Os árabes são muito espertos
Em abril, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Kuwait produziram acima da quota que lhes correspondia conforme a decisão de março feita pela Opep+.