Nos dias de Momo, nada melhor do que viajar até Aracaju, capital do Estado Sergipe, uma cidade que se situa entre o moderno e o histórico. O centro está repleto de lojas e bons restaurantes, enquanto a orla de Atalaia, a mais famosa praia local, com seus 6 km de extensão, é o local perfeito para caminhadas, onde também são encontradas excelentes opções de restaurantes e bares à beira-mar. Além da praia, com sua ampla faixa de areia até o mar, a Orla de Atalaia possui em sua estrutura alguns lagos artificiais, pista de cooper e regiões com fontes de água com iluminação e sonoridade especiais.
Além disso, apresenta diversas áreas de lazer, tais como quadras poliesportivas, clube de tênis, kartódromo e rampas de skate e patins espalhadas por toda sua extensão. Tradicionalmente nos finais de semana ocorrem diversos eventos culturais, tais como por exemplo o popular ‘Som de Calçada’ que agita a juventude local na área conhecida pelos locais como ‘Calçadão da Cinelândia’.
Em critérios de esculturas a céu aberto, a região da orla apresenta o Monumento aos Formadores de Nacionalidade, que foi construído para homenagear personalidades da história brasileira. As estátuas de bronze representam, dentre outras personalidades: Joaquim José da Silva Xavier, Zumbi dos Palmares, Dom Pedro II, José Bonifácio de Andrade e Silva, Joaquim Nabuco, Princesa Isabel, Duque de Caxias, Barão do Rio Branco, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Para aqueles interessados em cultura e história, o Mercado Municipal Antônio Franco, que contempla as cores, sabores e tradições à sua volta, é uma parada obrigatória. Nele, você encontra uma grande variedade de artesanatos locais, por bons preços, alimentos tradicionais, e o caranguejo é uma boa pedida, e muito mais, ao som da musicalidade local. O sergipano é hospitaleiro e faz tudo para agradar o visitante. São anfitriões perfeitos. Visitar a Colina de Santo Antônio, lugar onde a cidade foi fundada, é uma atração das mais bonitas e lá do alto se pode ter uma visão panorâmica desta capital nordestina, que encanta com a sua beleza singular.
O Parque dos Falcões é um tesouro. É o único lugar no Brasil autorizado pelo Ibama a criar aves de rapina. Um destino imperdível para os amantes da natureza. No alto, a Catedral Metropolitana, em estilo gótico, destaca-se na paisagem. Para finalizar a experiencia em Aracaju, temos a Praia de Aruana. Tranquila, com águas mansas, ideal para relaxar e aproveitar o clima tropical. Durante a maré baixa formam-se piscinas naturais, perfeitas para um mergulho refrescante.
Cada pedacinho de Aracaju é uma experiência rica e memorável. A cada esquina, um convite a mergulhar na cultura brasileira autêntica e cativante. É a cidade onde hospitalidade e alegria andam juntas, e ninguém volta para casa sem ser levemente tocado por sua magia. Sua próxima viagem será inesquecível!
Aracaju oferece uma série de atrações turísticas, algumas imperdíveis. Para quem ama a natureza, o Parque da Cidade de Aracaju é um deleite para os olhos. Essa vasta área verde está repleta de animais e plantas nativas, e é o lugar perfeito para um piquenique em família. Já o Museu da Gente Sergipana é um marco cultural em Aracaju, oferecendo uma janela para a rica cultura e história de Sergipe por meio de exposições permanentes e interativas. Com a tecnologia como elo, lá se revive momentos, personagens e manifestações culturais que nos conectam às genuínas raízes brasileiras.
Para um gostinho da vida marinha local, o Oceanário de Aracaju, que possui o formato de uma tartaruga gigante, abriga 60 espécies de animais marinhos. Sob uma vista aérea, a estrutura possui formato de tartaruga e internamente abriga não só a tartaruga, mas também diversos outros animais marinhos em 20 aquários e tanques. Essa construção, tal como o pórtico escultural em sua entrada, é uma maravilhosa homenagem a esses animais que habitam a costa sergipana.
Todavia, a atração que o visitante não pode perder é dar uma chegada à Passarela do Caranguejo. Esse trajeto, localizado na praia de Atalaia, um dos mais belos postais da capital, está no epicentro da vida noturna de Aracaju. Na orla, repleta de quiosques, bares, restaurantes, pode-se saborear o prato local – o caranguejo – e outras delícias da culinária regional. Além disso, a energia vibrante e a música ao vivo fazem com que o visitante, nacional ou estrangeiro, queria dançar e até o amanhecer. A energia local é contagiante e as pessoas se divertem a valer, com segurança e tranquilidade.
Explorar Aracaju é uma viagem emocionante por meio de belas paisagens, rica cultura e hospitalidade verdadeiramente calorosa. Ao planejar uma ida até aqui, o viajante deve reservar pelo menos uns cinco dias, para poder curtir todas as atrações que lhe serão reservadas, com calma e com energia. Afinal, apesar de Aracaju não estar no destino da maioria dos visitantes, que preferem Salvador, Maceió ou Fortaleza, por puro desconhecimento, Aracaju seduz por tudo o que ela oferece e por bons preços, não somente nas diárias dos hotéis, vários de padrão internacional, como em seu custo de vida.
Dois lugares bem bacanas para fazer compras em Aracaju são os Mercados Municipais e o Centro de Arte e Cultura J. Inácio. As feirinhas de artesanato são atrações, com uma variedade enorme. Uma dica é visitar à Passarela do artesão, o Centro de Artesanato Chica Chaves e a tradicionalíssima feirinha do Mosqueiro. Há, ainda, os shoppings Jardins e Rio Mar.
Aracaju é apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste, como a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país, exemplo nacional na consideração de ciclovias nos projetos de deslocamento urbano e é considerada a segunda capital do país com menor índice de fumantes. Está dentre as capitais com os custos de vida mais reduzidos do país, tendo focado mais recentemente suas ações turísticas na criação de alojamentos coletivos, tais como os mundialmente conhecidos hostels.
As terras onde hoje se encontra Aracaju originaram-se de sesmarias doadas a Pero Gonçalves, por volta do ano de 1602. No ano de 1699, tem-se notícia de um povoado surgido às margens do Rio Sergipe, próximo à região onde esse deságua no mar, com o nome de Santo Antônio de Aracaju. Em 1757, Santo Antônio de Aracaju vivia sem maiores crescimentos e já era incluída como sítio da freguesia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro do Tomar do Cotinguiba. No dia 2 de março de 1855, a Assembleia Legislativa da Província abriu sessão em uma das poucas casas existentes na Praia de Atalaia. Nesta sessão, tendo previamente analisado a situação em que se encontrava a província, Inácio Joaquim Barbosa, presidente da Província de Sergipe Del Rey, decidiu transferir a capital de Sergipe, que era São Cristóvão, para a cidade portuária que seria erguida ali.
Segundo Eduardo Navarro, em seu Dicionário de Tupi Antigo, 2013, o topônimo “Aracaju” pode ter origem no termo tupi arákaîu, que significa “cajueiro das araras” (ará, arara + akaîu, cajueiro, formando uma relação genitiva) traduzido diretamente do tupi é cajueiro das araras.
Conta-se que antigamente, onde hoje está a Avenida Ivo do Prado, existia a Rua da Aurora, rua que serviu de base para que se projetassem todas as outras do centro da cidade, formando um tabuleiro de xadrez, tendo como centro a região onde atualmente está a praça Olímpio Campos, ou Praça da Catedral. Nessa rua, havia vários cajueiros em toda a sua extensão e alguns papagaios e araras pousavam nos galhos para comer e descansar.
Aracaju é ainda uma cidade tranquila para se visitar, cheia de boas e agradáveis surpresas, com um mar quentinho, com dezenas de atrações e passeios de barcos, jet skis, lanchas e jangadas e uma gastronomia de dar água na boca. O Carnaval na cidade acontece com grandes festejos antes da data tradicional em todo o país. Assim sendo, viajar, nessa época do ano até lá, é a ideal, pois se encontra tudo o que se requer de uma cidade nordestina, sem o congestionamento de pessoas e o tumulto das grandes festas populares.
Paulo Alonso, jornalista, é reitor da Universidade Santa Úrsula.