Cerca de 93% dos trabalhadores não terão de pagar imposto de renda na Argentina após o Senado aprovar elevação da linha de isenção para 150 mil pesos mensais (cerca de R$ 9 mil), informa a RBA. A medida vai beneficiar cerca de 1,2 milhão de trabalhadores assalariados e aposentados. A decisão foi quase unânime – 66 votos a favor e apenas uma abstenção. A proposta já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados, com somente três abstenções.
Um assalariado com renda mensal bruta de 120 mil pesos (R$ 7,3 mil) pagava 3.200 mil de imposto por mês (R$ 195). A lei é retroativa a 1º de janeiro, e o governo fará em abril o reembolso do que já foi cobrado. O impacto fiscal deve ficar entre R$ 2 bilhões e R$ 2,9 bilhões. Com a pandemia, a pobreza atinge cerca de 42% dos argentinos.
No início do ano, o governo Alberto Fernández começou a cobrar o imposto sobre grandes fortunas, aprovado em dezembro do ano passado. A projeção é arrecadar cerca de R$ 27 bilhões, ou dez vezes o que se perderá com a isenção para os trabalhadores, tributando apenas 0,02% da população.
