Em 27 de setembro de 2017, a agência de notícias Associated Press (AP) noticiou: “A Rússia completou na quarta-feira a tarefa de destruir seus enormes estoques de armas químicas da era da Guerra Fria (…) Ahmet Uzumcu, diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), elogiou a Rússia por alcançar um ‘marco importante’ com a destruição de seus arsenais químicos.”
Na ocasião, Vladimir Putin aproveitou para alfinetar os Estados Unidos por ficarem para trás no desmantelamento de seus arsenais. “Esperamos que os EUA, assim como outras nações, cumpram todas as suas obrigações”, disse, segundo a AP. Segundo a Opaq, 193 Estados assinaram a convenção; apenas 4 não assinaram; Israel, apesar de assinar em 1973, não ratificou a adesão. Em janeiro de 2022, 99% dos estoques de armas químicas declarados do mundo foram destruídos, segundo a Organização.
As informações tornam ainda mais duvidosa a acusação da Ucrânia de uso de armas químicas pelo Exército russo. Mas os meios de comunicação ocidentais divulgam a afirmação como se trouxesse verdades incontestáveis, com pequenas reticências no pé das matérias, ignorando o que a própria mídia divulgou há quase 5 anos. Para piorar, a fonte é o Batalhão Azov, a parte explicitamente nazista do Exército ucraniano, e ele mesmo, o Azov, do qual se poderia esperar uso de armas proibidas. A hipocrisia segue a todo vapor.
Passado condena
Pesquisa realizada pelo Instituto Internacional de História Social (IISH), sediado em Amsterdã, concluiu que o tráfico de escravos desempenhou um papel importante na história do banco holandês ABN Amro. Nos séculos 18 e 19, os dois antecessores legais da instituição financeira – Hope and Co. e R. Mees e Zoonen – estavam envolvidos no comércio de escravos, escravidão em plantações e comércio de produtos originados da escravidão.
Mees e Zoonen intermediou seguros para navios negreiros e remessas de mercadorias colhidas por pessoas escravizadas, enquanto Hope and Co. “era a maior empresa financeira e comercial da Holanda no final do século 18, e as operações relacionadas à escravidão formavam uma parte central de seus negócios”, disse Pepijn Brandon, pesquisador sênior do IISH, segundo a agência de notícias Xinhua.
O banco, que encomendou a pesquisa, pediu desculpas: “A escravidão causou sofrimento incalculável, e o ABN AMRO pede desculpas pelas ações e atividades desses antecessores.”
É Natal
O Governo Bolsonaro espera receber R$ 250 milhões de outorga pela relicitação do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante (Natal, RN). Mas pagará o dobro, R$ 500 milhões, em indenizações ao antigo concessionário pelos investimentos realizados. Isso é que é negócio!
Rápidas
Estão abertas as inscrições para o Curso Introdutório de Direito de Energia Elétrica, que a Escola Superior do Instituto dos Advogados Brasileiros (Esiab) realizará a partir de 27 de abril. Mais informações: (21) 2240-3173 *** Marcio Teschima, vice-presidente da Conselheiros TrendsInnovation, alcançou o Prêmio Executivo de TI do Ano de 2022 na categoria Vantagem Competitiva – Faturamento até R$ 1 bilhão, da IT Forum.