Arrecadação de impostos e contribuições cai 10,12%

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O Governo Federal arrecadou R$ 91,808 bilhões em impostos e contribuições em agosto de 2016. O resultado representa queda de 10,12 % em relação ao mesmo período de 2015, corrigida a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado pelo governo para estabelecer as metas. É o pior resultado desde agosto de 2009. Os dados foram divulgados, hoje, pela Receita Federal.
No acumulado do ano, a arrecadação federal somou R$ 816,188 bilhões, queda de 7,45% na comparação com o mesmo período do ano passado, também corrigido o IPCA. É o pior resultado acumulado desde 2010.
De acordo com a Receita, entre os principais fatores que influenciaram os números entre janeiro e agosto de 2016 estão o desempenho dos principais indicadores macroeconômicos, incluindo a produção industrial, com queda de 9,24% entre dezembro de 2015 e julho de 2016, e a venda de bens e serviços que teve impacto negativo de 9,64% na mesma comparação.
Houve ainda, no período, queda nas vendas de serviços, de 4,79%, e no valor em dólares das importações, com decréscimo de 27,02%. A massa salarial nominal cresceu 3,49%.

Para pesquisadora, “foi o pior resultado para agosto desde 2009”
O aumento da inadimplência tributária, por parte das empresas, é um dos fatores que podem explicar a retração de 10,12% na arrecadação de impostos e contribuições, registrada neste mês de agosto. É a avaliação que Vilma Pinto, pesquisadora do FGV/Ibre faz dos números divulgados nesta quinta, pela Receita Federal.
– Nós já havíamos sinalizado essa tendência. As empresas devem estar com dívida de impostos. A greve de auditores da Receita Federal também pode ter contribuído para essa queda na arrecadação – observa Vilma Pinto.
Divulgado no último dia 20, o “Boletim Informativo – Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para agosto de 2016”, elaborado pelo FGV/Ibre adiantou que haveria queda na arrecadação de impostos. Os pesquisadores imaginaram que a retração fosse chegar aos 9%. Contudo, a queda foi mais acentuada.
– Os dados apresentados foram piores do que imaginávamos. Houve queda real nos tributos vinculados ao lucro – acrescentou a pesquisadora.

Com informações da Agência Brasil

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