As fake news da imprensa mundial… e da local

Sempre pronta a apontar fake news quando lhe convém, a mídia tradicional não costuma fazer autocrítica

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Biden e Zelensky em Kiev
Biden e Zelensky em Kiev (foto Casa Branca)

Final de ano, início de outro, época em que os meios de comunicação, na falta de notícias, faz listas do ano que termina. Sem fugir da regra, a coluna relembra algumas das fake news da imprensa mundial e também da local – que sempre estão prontas para apontar o dedo em direção às fake news dos outros. Vamos lá.

Mundial

  • A economia da China em crise. Esta é uma fake news recorrente. No final, o FMI revisou a projeção do crescimento da economia chinesa de 5% para 5,4% – abaixo dos 6% a que estávamos acostumados, mas, ainda assim, uma alta nada desprezível.
  • Ucrânia derrotará a Rússia em contraofensiva. As batalhas vieram, e Zelensky perdeu. Pouco importa para os Estados Unidos, que preferem manter o conflito constante e afastar a Europa da Rússia.
  • A elite argentina é contra Javier Milei. Certo é que os ricaços do país vizinho preferiam um personagem de direita mais, digamos, educado – que sentasse à mesa e comece com garfo e faca, como definiu um colaborador do MM; ou que, ao menos, falasse com pessoas mortas, não com cães mortos. Mas, se só sobrou Milei, a elite o apoiou com todas as forças. O que não é fake é o desejo da volta da ditadura.
  • Milei é contra a elite. Basta ver a composição de seu governo e constatar a mentira contada ao tolo eleitor.
  • O Brics está acabado. O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul recebe em 1º de janeiro a adesão de 5 países (a Argentina, também aprovada, desistiu por decisão do napoleão de hospício). A economia dos atuais Brics ultrapassou o PIB dos países do G7 (pelo critério de paridade de poder de compra, PPC).

Local

  • Governo precisa cortar gastos para transmitir confiança aos “mercados”. Esta fake news é tão recorrente que poderia ser chamada de fake old news; se repete ao menos nas últimas 3 décadas. Os cortes acontecem, a economia patina, o “mercado” fatura, e a confiança nunca é alcançada. Só Haddad ainda acredita.
  • Boletim Focus. Outra fake news repetente. Repete-se todo início de período e não passa de ano. Em 2023, o primeiro boletim com as “projeções” das instituições financeiras, em 9 de janeiro, apontava inflação a 5,31% (deve ficar abaixo de 4,75%), crescimento do PIB de 0,78% (ficará na casa de quase 3%), Selic a 12,25% (terminou em 11,75%) e câmbio a R$ 5,28 (fechou em R$ 4,85).
  • As ações da Petrobras vão derreter no governo Lula. Fake news fazem perder dinheiro (ou ganhar, depende em que ponta está): o papel da Petrobras (PETR3) fechou o 1º pregão do ano, em 2 de janeiro, a R$ 20,92, queda de 6,67%. Terminou 2023 cotado a R$ 38,98. Valorização depois do primeiro dia de queda: 86,3%; no ano, 94,4%.

Mais desdolarização

O chefe do Banco Central do Irã, Mohammad Reza Farzin, se reuniu em Moscou, quarta-feira (27), com a presidente do BC russo, Elvira Nabiullina. Os 2 países finalizaram um acordo para usar suas moedas nacionais, o rial iraniano e o rublo russo, no comércio bilateral, em vez do dólar, informou a agência de notícias iraniana Irna.

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Rápidas

Andreia Andreatta, diretora de Marketing da Preâmbulo Tech, é a nova integrante do Comitê de Gestão e Empreendedorismo da OAB Paraná *** A Transfeera anuncia a chegada do seu novo VP de Produto, Mateus Ambros, com passagens pela Conta Azul, e Pipefy, entre outras.

Matéria atualizada às 15h33 de 2 de janeiro de 2024 para esclarecer o percentual de valorização das ações da Petrobras.

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