Final de ano, início de outro, época em que os meios de comunicação, na falta de notícias, faz listas do ano que termina. Sem fugir da regra, a coluna relembra algumas das fake news da imprensa mundial e também da local – que sempre estão prontas para apontar o dedo em direção às fake news dos outros. Vamos lá.
Mundial
- A economia da China em crise. Esta é uma fake news recorrente. No final, o FMI revisou a projeção do crescimento da economia chinesa de 5% para 5,4% – abaixo dos 6% a que estávamos acostumados, mas, ainda assim, uma alta nada desprezível.
- Ucrânia derrotará a Rússia em contraofensiva. As batalhas vieram, e Zelensky perdeu. Pouco importa para os Estados Unidos, que preferem manter o conflito constante e afastar a Europa da Rússia.
- A elite argentina é contra Javier Milei. Certo é que os ricaços do país vizinho preferiam um personagem de direita mais, digamos, educado – que sentasse à mesa e comece com garfo e faca, como definiu um colaborador do MM; ou que, ao menos, falasse com pessoas mortas, não com cães mortos. Mas, se só sobrou Milei, a elite o apoiou com todas as forças. O que não é fake é o desejo da volta da ditadura.
- Milei é contra a elite. Basta ver a composição de seu governo e constatar a mentira contada ao tolo eleitor.
- O Brics está acabado. O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul recebe em 1º de janeiro a adesão de 5 países (a Argentina, também aprovada, desistiu por decisão do napoleão de hospício). A economia dos atuais Brics ultrapassou o PIB dos países do G7 (pelo critério de paridade de poder de compra, PPC).
Local
- Governo precisa cortar gastos para transmitir confiança aos “mercados”. Esta fake news é tão recorrente que poderia ser chamada de fake old news; se repete ao menos nas últimas 3 décadas. Os cortes acontecem, a economia patina, o “mercado” fatura, e a confiança nunca é alcançada. Só Haddad ainda acredita.
- Boletim Focus. Outra fake news repetente. Repete-se todo início de período e não passa de ano. Em 2023, o primeiro boletim com as “projeções” das instituições financeiras, em 9 de janeiro, apontava inflação a 5,31% (deve ficar abaixo de 4,75%), crescimento do PIB de 0,78% (ficará na casa de quase 3%), Selic a 12,25% (terminou em 11,75%) e câmbio a R$ 5,28 (fechou em R$ 4,85).
- As ações da Petrobras vão derreter no governo Lula. Fake news fazem perder dinheiro (ou ganhar, depende em que ponta está): o papel da Petrobras (PETR3) fechou o 1º pregão do ano, em 2 de janeiro, a R$ 20,92, queda de 6,67%. Terminou 2023 cotado a R$ 38,98. Valorização depois do primeiro dia de queda: 86,3%; no ano, 94,4%.
Mais desdolarização
O chefe do Banco Central do Irã, Mohammad Reza Farzin, se reuniu em Moscou, quarta-feira (27), com a presidente do BC russo, Elvira Nabiullina. Os 2 países finalizaram um acordo para usar suas moedas nacionais, o rial iraniano e o rublo russo, no comércio bilateral, em vez do dólar, informou a agência de notícias iraniana Irna.
Rápidas
Andreia Andreatta, diretora de Marketing da Preâmbulo Tech, é a nova integrante do Comitê de Gestão e Empreendedorismo da OAB Paraná *** A Transfeera anuncia a chegada do seu novo VP de Produto, Mateus Ambros, com passagens pela Conta Azul, e Pipefy, entre outras.
Matéria atualizada às 15h33 de 2 de janeiro de 2024 para esclarecer o percentual de valorização das ações da Petrobras.