As crescentes críticas dos Estados Unidos e da União Européia (UE) contra a cotação artificialmente baixa do iuan foram rebatidas pelo vice-presidente do Instituto de Estudos Internacionais da China (CIIS, na sigla em inglês), Liu Youfa, no início da semana, ao participar, no Rio, de seminário sobre o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). De acordo com Youfa, nos últimos cinco anos, o iuan valorizou 20%, cálculo abraçado pelo economista-chefe do Goldman Sachs, Jim O”Neill e criador da sigla Bric. “A China vai ajustar o seu câmbio, mas gradualmente e olhando para o crescimento econômico, o desenvolvimento social e os compromissos chineses”, afirmou Youfa.
Opção pelo dólar
Ainda segundo Youfa, 90% da corrente de comércio (exportações mais importações) da China são calculadas em dólar e apenas 10%, em iuan. Ele acrescenta que 54% das compras externas de seu país são realizadas com parcerias, fornecedores e cooperações de outros países e não seguem a taxa de câmbio chinesa. O chinês observa que a China não tem interesse que os estadunidenses reduzam seu poder de compra via câmbio, salientando que 40% das exportações chinesas são destinadas aos Estados Unidos: “Quando os EUA desvalorizam sua moeda, a China também precisa desvalorizar (o iuan)”, disse.
Mais fugindo do “mico”
O pesquisador argumenta ainda que 70% das reservas internacionais chinesas são em dólar e que não interessa aos chineses, desse ponto de vista, que a moeda dos Estados Unidos continue a derreter, o que reduz o valor das reservas do país asiático.
Neste caso, no entanto, é importante destacar que, no velho estilo oriental de fazer pouco alarde sobre decisões estratégicas, a China tem fugido do “mico”, reduzindo sua exposição ao dólar em três frentes básicas: diminuindo a compra de títulos do Tesouro estadunidense; investindo parte das reservas para financiar projetos em terceiros países, particularmente, na África e na América Latina; e ampliando o peso do mercado interno na sua economia, para torná-la menos dependente das exportações, principalmente, em função da decadência dos mercados mais desenvolvidos.
Menos é mais
As microfinanças se portaram melhor na crise econômica mundial que os “bancões”. De acordo com a CGAP, um grupo de microfinanciamento com base no Banco Mundial, apesar de quatro países – Nicarágua, Bósnia e Herzegovina, Marrocos e Paquistão – terem enfrentado problemas, a causa não foi a crise: nestas nações havia concentração excessiva de empréstimos, sobrecarga na capacidade nessas instituições e a perda da disciplina de crédito enquanto as instituições buscavam um crescimento rápido. “A experiência mostra que as microfinanças podem manter a qualidade do patrimônio e gerar retornos impressionantes, tanto em termos de lucros para os investidores como em melhorias na vida das pessoas”, diz o co-autor Xavier Reille, da CGAP.
Fora de mão
O turista que pretende viajar para países que exigem vacinação contra febre amarela é obrigado a enfrentar uma incompreensível burocracia no Rio de Janeiro. Depois de se vacinar em um posto de saúde da Prefeitura – não vale clínica particular – tem que validar a vacinação no escritório da Anvisa que fica no Aeroporto Tom Jobim. Porém, como a maioria dos vôos internacionais parte de São Paulo, normalmente o viajante carioca embarca no Santos Dumont – a quilômetros de distância do Tom Jobim.
Sem alarme
Tal qual nos trópicos, o alarido em torno da gripe A foi sumindo em proporção inversa ao número de pessoas contaminadas. Nos Estados Unidos, na volta às aulas, as escolas ofereceram vacinação, mas poucas crianças foram vacinadas. Apesar do inverno – sempre lembrado pela Organização Mundial de Saúde para fomentar o alarmismo – nem se ouve falar mais na tal gripe. Nada de manchetes de jornais, nada de escolas fechadas, poucos casos de contaminação, menos ainda de mortes. Já no Brasil o Ministério da Saúde ampliou o público-alvo da polêmica vacinação
Controversa
A Eletrobrás estuda uma injeção de capital de R$ 650 milhões na Celpa, companhia elétrica do Pará.