Ataques cibernéticos em desktops remotos aumentam 450% no isolamento

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Golpes como roubo de senha, phising, malware e ransomware em laptops aumentaram 450% em toda a América Latina, como mostra o estudo da Kaspersky. Na maioria das vezes, os hackers conseguem acesso aos dispositivos por meio de tentativas de erro e acerto para obter nome de usuários e senhas. O Brasil foi o país que mais teve casos deste tipo de crime. No mês abril foram 50,5 milhões. Em segundo lugar vem a Colômbia, com 11,9 milhões, México com 9,3 milhões, Chile com 4,3 milhões, Peru com 3,6 milhões e Argentina com 2,6 milhões. O motivo seria o uso dos computadores em ambientes de baixa segurança, como as redes domésticas utilizadas no home office. Segundo a Unidade Internacional de Telecomunicações (ITU), o trabalho remoto virou realidade para 77% da população latino-americana desde o início da pandemia na região.

As instituições financeiras e demais empresas B2C preferem este tipo de autenticação por token. Estudo LastPass de 2019 aponta que 57% das empresas pesquisadas já estão usando a tecnologia, e a previsão é que até o final deste ano 90% a adote.

Outro estudo, da Trend Micro e intitulado Fast Facts, concluiu que o Brasil foi um dos principais alvos de ataques cibernéticos direcionados a aplicativos de internet banking e de dispositivos de PoS (maquininhas de cartão), no primeiro semestre deste ano.

O país também foi um dos principais alvos de ataques em outras frentes, como mensagens eletrônicas e ransomware.

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De acordo com o relatório elaborado pela companhia, o número de ataques cibernéticos com o objetivo de roubar dados bancários e de cartões de crédito de usuários foi de 3 mil nos seis primeiros meses do ano – pouco acima dos 2,9 mil observados no mesmo período de 2019. Só em junho, o país foi o quarto com mais detecções de arquivos maliciosos (malwares) no mundo, atrás de China, Japão e EUA. Já nos dispositivos PoS, o número de ocorrências no Brasil teve crescimento de mais de 350% nos seis primeiros meses do ano em relação ao mesmo intervalo de 2019, sendo o terceiro principal alvo de atacantes cibernéticos em junho – atrás de EUA e Turquia.

O levantamento também mostrou que a pandemia elevou as ameaças cibernéticas no Brasil no primeiro semestre deste ano. Segundo o relatório Midyear Cybersecurity Roundup, elaborado pela companhia, foi analisado o panorama da segurança cibernética no período e verificou-se que o Brasil foi um dos principais países alvos desses ataques.

Nos seis primeiros meses do ano, o país foi o oitavo que mais recebeu ameaças por e-mail com temas relacionados ao novo coronavírus. No total foram 132 mil mensagens eletrônicas contendo algum tipo de arquivo malicioso. No mundo, os países que mais receberam ameaças desse tipo foram EUA, Alemanha e França. Já considerando todas as ameaças por e-mails detectadas pela Trend Micro, o Brasil teve mais de 447 mil mensagens eletrônicas maliciosas no período, sendo o sétimo principal alvo dos atacantes no mundo.

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