Ataques de ransomware no setor de saúde cresceram 146% em 2024

Brasil registrou 16 mil tentativas de violação ao longo de 2024 ante 6,5 mil em 2023; fake news e desinformação entre os usuários são os maiores responsáveis

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Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)
Código binário (Foto: Carsten Mueller/Freeimages)

De acordo com levantamento da Kaspersky, embora o número total de ataques tenha se mantido estável em relação a 2023, quando foram registradas 483 mil detecções de ransomware, o setor de saúde sofreu um aumento significativo no número de tentativas de ataque, que passaram de 6,5 mil em 2023 para 16 mil em 2024, um crescimento de 146%. Com isso, o setor saltou do sétimo para o terceiro lugar no ranking dos mais atacados no país.

Segundo a empresa de cibersegurança, os grupos de ransomware – tipo de vírus que tem como objetivo sequestrar dados sensíveis de empresas para pedir resgates em dinheiro – demonstraram um alto nível de sofisticação na exploração de vulnerabilidades de rede, empregando uma série de técnicas para alcançar seus objetivos. Foram utilizadas ferramentas de segurança amplamente conhecidas, capazes de explorar falhas expostas ao público a fim de se se infiltrar em seus alvos, ressaltando a importância de medidas robustas de cibersegurança na defesa contra esse tipo de ataque.

“O setor da saúde há tempos figura entre os principais alvos de ataques de ransomware, mas em 2024 houve um crescimento exponencial, com aumento vertiginoso de 146%. Embora seja uma área altamente regulamentada no mundo todo, muitas pequenas e médias empresas do setor carecem de uma equipe dedicada à cibersegurança e seguem operando com hardware legado e software desatualizados, por falta de alternativas viáveis”, avalia Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

Outro levantamento, do Instituto Locomotiva, solicitado pelo portal da Agência Brasil, mostrou que cerca de 90% da população confirma que já acreditou em algum tipo de conteúdo falso. Apesar do índice elevado, 62% dos entrevistados ressaltaram que têm capacidade de diferenciar informações falsas das verdadeiras.

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Em razão das informações citadas, os setores envolvidos (poder público, iniciativa privada, OSCs – Organizações da Sociedade Civil e instituições de ensino) têm a grande responsabilidade de esclarecer a população e orientar sobre as principais ações de prevenção.

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