Ainda que deva ser vista com alguma cautela, não se deve deixar de dar importância à denúncia – chancelada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia – de que o apagão na Venezuela foi causado por forças do exterior, a partir do ataque virtual a equipamentos produzidos por companhias da América do Norte.
Primeiro, porque não seria inédito um ataque desse tipo realizado por Estados Unidos e aliados (logo vem à mente o vírus Stuxnet, que afetou uma usina nuclear do Irã em 2010). Segundo, porque as ameaças e agressões do exterior têm tido papel central na crise venezuelana, em que o autoproclamado presidente padece de déficit de apoio popular.
Terceiro, porque aceitar cegamente versões vindas dos EUA não tem dado certo. A alegação de que caminhões de “ajuda humanitária” haviam sido queimadas pelos “maus” soldados de Maduro caiu por terra ao ser divulgado vídeo que mostra que o incêndio foi provocado (ainda que involuntariamente) por partidários de Guaidó.
Mais importante é a lição que fica sobre as vulnerabilidades de países diante da guerra cibernética. Com as partes mais sensíveis dos equipamentos e com os programas que os controlam feitos no exterior, a questão de segurança passa a ser prioritária. Não só por governos, mas também por empresas. Com a Indústria 4.0, e o mais recente Varejo 4.0, a possibilidade de sabotagem ou chantagem é crescente.
Orgulho de verdade?
A família de jatos E-Jets E2, da Embraer, foi a grande vencedora, na aviação comercial, da premiação da revista Aviation Week, ao receber o Grand Laureate.
“Este prêmio pertence a todos os 18 mil funcionários da Embraer. Precisamos, obviamente, reconhecer a grandeza de nossas equipes de engenharia, que trabalharam arduamente para superar todos os desafios durante o desenvolvimento do programa E2”, afirmou o diretor-presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva – o mesmo que assinou a venda da companhia para a problemática Boeing.
Soluções sob medida
A Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP) discutirá uma das principais reivindicações da entidade na 25ª edição da Intermodal South America 2019, em São Paulo, na próxima terça-feira. O modelo de gestão dos portos será tema de um dos painéis do evento.
De acordo com o diretor presidente da ABTP, Jesualdo Silva, é o momento de reforçar a necessidade de um setor mais ágil, eficiente e com plenas condições para atender as demandas do Brasil no comércio internacional.
O presidente do Conselho Deliberativo da ABTP, Antônio Carlos Sepúlveda, falará sobre a “Modernização do modelo de gestão dos portos”, título do painel que será realizado às 15h, durante a XXI Conferência Nacional de Logística (CNL), que integra a programação da Intermodal.
A entidade entende que não há uma solução única que se aplicará a todos os portos. Em alguns casos, pode-se aplicar delegação, concessão em parte ou na totalidade ou até mesmo privatização. Entretanto, compreende que, em qualquer dos casos, é necessária a imediata descentralização de funções nos termos da Portaria 574/2018 e profissionalização da gestão.
Lava Jato contra Guedes
Entre os discutíveis argumentos da Lava Jato para explicar a criação da fundação de R$ 2,5 bilhões, um é exceção: a grana não deveria ir para o fundo de direitos difusos porque os valores não chegam à sociedade, já que 99,5% são contingenciados para pagar juros da dívida.
Rápidas
Jovens talentos da Matemática que ingressaram em universidades públicas já podem se inscrever na seleção de 2019 da Bolsa Instituto TIM – Obmep. O apoio é concedido, anualmente, a 50 estudantes no primeiro ano de graduação, desde que tenham conquistado medalhas de ouro, prata ou bronze em alguma edição da Olimpíada Brasileira de Matemática. Inscrições até 26 de março no site bolsatim.obmep.org.br *** O advogado Paulo Parente Marques Mendes, sócio do escritório Di Blasi, Parente e Associados, participa da mesa de abertura do XIX Congresso Internacional da Propriedade Intelectual – ASPI 2019, nesta segunda, em São Paulo *** A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro realiza neste sábado o Dia D da campanha “Atitude contra o Mosquito”, para combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. As ações, em parceria com as prefeituras, acontecem em Duque de Caxias, na Praça do Pacificador, e em Madureira, na Praça do Patriarca, entre 8h e 12h.