A atividade econômica registrou crescimento, em fevereiro, pelo 10º mês consecutivo. É o que mostra o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje pelo Banco Central. Em fevereiro, o índice apresentou alta de 1,7% na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados (ajustados para o período). Em relação a fevereiro de 2020, a expansão ficou em 0,98% (sem ajustes).
O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial, com metodologia diferente do IBC-Br, é o Produto Interno Bruto, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.
Segundo Felipe Sichel, estrategista-chefe do Banco Digital Modalmais, o IBC-Br “surpreendeu positivamente e registrou crescimento de 1,7% para o mês de fevereiro, acima das expectativas dos agentes de mercado (inclusive as nossas). Na leitura anual, crescimento de 0,98%. Além disso, o indicador para o mês de janeiro foi revisado para cima, de 1,04% para 1,25%.”
“Os indicadores mensais do IBGE haviam registrado leituras opostas para fevereiro, com a PIM caindo -0,7% e a PMS crescendo 3,7%. O IBC-Br ratifica um crescimento forte da economia nos dois primeiros meses do ano, mesmo com a ausência do auxílio emergencial e o recrudescimento da pandemia. As leituras para os dois primeiros meses do ano sugerem um PIB mais forte para o primeiro trimestre de 2021, porém, as restrições a mobilidade impostas em diversas cidades devem reverter esse movimento de alta para o mês de março”, diz o analista.
Com informações da Agência Brasil
Leia também:
Fiocruz: pandemia pode manter níveis críticos ao longo de abril