Atividade econômica cresce 2,3% no primeiro trimestre

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Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)
Empilhadeira na indústria (Foto: Nino Sartria/Sxc.Hu)

A atividade econômica no país registrou crescimento de 2,3%, no primeiro trimestre deste ano, conforme apurou o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado hoje.

A comparação é com os últimos três meses de 2020 e os dados são da série dessazonalizada (ajustado para o período).

Segundo o Banco Central, na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a expansão ficou em 2,27% (dados sem ajustes).

Em março, o IBC-Br recuou 1,59% na comparação com o mês de fevereiro de 2021. O índice ficou em 140,16 pontos em março, ante 142,43 pontos registrados no mês precedente. A retração se dá após um período de 10 altas seguidas.

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Os dados do BC mostram que, na comparação com o mesmo período do ano anterior, sem o ajuste, o índice registrou variação positiva de 6,26%.

Em relação ao primeiro trimestre de 2020, o IBC-Br registrou alta de 2,27%. Já no acumulado de 12 meses, o indicador, por sua vez, apresentou queda de 3,37%, sem o ajuste.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira a cada mês e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 3,5% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia, a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2020, o PIB do Brasil caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o PIB acumulou alta de 4,6%.

Mas, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), a atividade econômica brasileira, considerando os setores da indústria, comércio e serviços e 14 estados que representam 87,8% do PIB nacional, teve queda de 6,7% em um ano de pandemia de Covid-19 (março 2020 a fevereiro 2021), na comparação com os 12 meses anteriores. Os estados da Bahia (-13,5%) e do Ceará (-12%), que entre os estados analisados possuem o maior peso do setor de serviços no PIB, apresentam as piores taxas. Os dados fazem parte do estudo ‘O impacto regional da pandemia nos três grandes setores econômicos”, divulgado pela Firjan.

Além da Bahia, do Ceará e do Rio de Janeiro, foram avaliados os resultados do Rio Grande do Sul (-10,5%), Pernambuco (-7,9%), Espírito Santo (-7,7%), São Paulo (-6,9%), Paraná (-6,8%), Goiás (-5,1%), Minas Gerais (-2,9%), Mato Grosso (-2,5%), Santa Catarina (-2,1%), Amazonas (-2,1%) e Pará (+0,6%), para os quais o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga mensalmente dados da indústria, do comércio e de serviços. O estudo da Firjan leva em consideração o peso dos setores no PIB de cada estado.

Na análise setorial, o setor de serviços teve taxa positiva somente no Amazonas (+0,6%), explicada pelo desempenho do segmento de logística, que teve grande escalada de demanda por conta do crescimento das vendas online. No comércio, metade dos estados analisados registrou taxa negativa: Bahia, Rio Grande do Sul, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Paraná. Pará teve o melhor desempenho no comércio (+8,1%). Já a indústria registrou taxa positiva em Pernambuco (+3%) e no Pará (+0,1%).

Para a Firjan, diante do comportamento crítico da atividade econômica em todos os estados analisados, a velocidade e o sucesso do programa de imunização contra a Covid-19 são imprescindíveis para que o país consiga superar a crise gerada pela pandemia.

 

Com informações da Agência Brasil

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