Aumento de idosos gera alta de 547% em número de cuidadores

Aumento da população idosa gera crescimento de 547% no número de cuidadores

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Idosos (Foto: ABr/arquivo)
Idosos (Foto: ABr/arquivo)

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos brasileiros segue em aumento, projetando uma média de 81 anos para 2060. Essa elevação implica no crescimento do número de idosos no país, que já são 70% da população nacional, segundo a Associação Brasileira de Gerontologia (ABG). Nesse panorama, a ocupação de cuidador cresce paralelamente, como resultado da demanda por assistência especializada durante a rotina.

Os números comprovam esse cenário, uma vez que, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informa que, entre 2012 e 2022, houve um crescimento de 547% na quantidade de cuidadores de idosos. Em empreendimentos do nicho, a realidade não é diferente. A franquia mencionada, por exemplo, encerrou 2023 com mais de 2,6 milhões de assistências, além de uma receita superior a R$ 86 milhões.

Além da economia, a demografia tem impacto significativo no consumo de bens massivos na América Latina. É o que aponta o levantamento Consumer Insights Q4 2023, produzido pela Kantar.

Segundo o estudo, hoje, a principal tendência demográfica na América Latina é que se trata de uma região que envelhece rapidamente. Até 1990, as crianças entre cinco e 14 anos eram o principal grupo populacional. Com a queda na taxa de natalidade e o aumento da expectativa de vida, desde 2018 há predominância de idosos de 65 anos ou mais.

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O envelhecimento implica também mudança na composição familiar. Com menos crianças e maior expectativa de vida para os adultos, o resultado são lares cada vez menores. Nos últimos 20 anos, o tamanho médio diminuiu uma pessoa (20%). Isso aconteceu tanto nas classes altas como nas baixas.

Dentro desse novo contexto familiar, duas gerações se destacam. A principal são os Baby Boomers. Os indivíduos com mais de 65 anos representam quase ¼ de todos os domicílios de até duas pessoas na América Latina. Os Millennials formam o outro grupo: com até 34 anos, representam as novas famílias, com até dois filhos.

Entre os Millenials, 63% têm níveis socioeconômicos baixos. Mas à medida que a idade avança, a situação econômica melhora, o que tem impacto direto na forma de consumo.

Ainda assim, os dois grupos compartilham o hábito de gastar menos com produtos de supermercado. Não apenas o nível de gastos muda, mas também como os grupos usam o seu orçamento. A geração Millennial tem a menor frequência de compra entre todos os grupos (3,6 vezes mais baixa), mas conta com um volume maior por viagem (sete unidades). Isso faz sentido, uma vez que os lares, normalmente, têm chefes de família que trabalham fora, mas que devem cuidar dos filhos. Assim, o tempo é um recurso escasso para se gastar com compras.

À medida que a idade avança, esse comportamento muda. Em geral, a frequência de compras aumenta conforme as famílias envelhecem (3,8 vezes por semana) e o volume por viagem diminui (6,5 unidades). Isso ocorre porque os Baby Boomers tendem a ter mais tempo livre e, assim, podem se dedicar para encontrar melhores ocasiões e preços.

Por fim, a escolha das cestas também é diversa. Os Millennials concentram grande parte dos gastos no universo da higiene, que representa 13% de todo o orçamento – maior do que em qualquer outro grupo. Apenas a categoria de fraldas representa 5%. Enquanto entre os mais velhos, laticínios e bebidas ganham 8% de relevância em relação à média dos outros lares.

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