Aumento de preços dos insumos afeta indústria têxtil e de confecção

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Indústria têxtil (Foto: ABr/arquivo)
Indústria têxtil (foto ABr)

A conjuntura internacional, marcada pelo lockdown (confinamento) na China e invasão da Rússia à Ucrânia, bem como suas consequências, já afetou diretamente os custos de 77% das empresas consultadas. É o que aponta levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Segundo o apurado, 65% dos entrevistados reportaram alguma dificuldade no abastecimento de insumos e matérias-primas, seja pela falta de itens, aumento do nível internacional dos preços, logística ou transporte.

Uma das dificuldades apontadas, representando o principal obstáculo para 29% dos entrevistados, é o encarecimento da energia no Brasil. Quanto aos estoques, mais de 70% das empresas têm volumes de matéria-prima e insumos suficientes para manter a produção por mais de um mês. Em média, há como sustentar as operações num período de 45 a 60 dias. A maioria dos insumos e matérias-primas afetados pelas dificuldades de obtenção e pressão de preços é procedente da China (71%), em decorrência do confinamento.

Sobre a escalada de preços nos últimos 12 meses, oscilou entre 11% e 20% para 21% das empresas consultadas. Para 19%, a variação foi de 21% a 30%. Doze por cento reportaram majoração entre 31% e 40%; 9% indicaram encarecimento de 41% a 50%; para 16%, a alta flutuou de 51% a 60%; e outros 16% apontaram elevação ficou superior a 60%. Aumentos de até 10% foram relatados por apenas 5% dos depoentes e 2% não notaram reajustes.

Quanto às dificuldades relacionadas ao transporte de seus produtos, matérias-primas e insumos, são moderadas para 31% das empresas, grandes para 10% e extremas para 5%;  26% não sentiram o problema, que foi pequeno para 14%. Dentre os entrevistados, 7% relataram possuir frota.

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A China figura como um dos principais polos comerciais do mundo, no entanto, a importação de produtos do país asiático requer uma série de pormenores para que os negócios sejam realizados sem problemas.

O primeiro passo para importar produtos da China é ter um CNPJ aberto e ativo. São necessários pagamentos de taxas e cumprimento de uma série de cuidados e exigências para evitar problemas com a Receita Federal. Imposto de Importação, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Tarifa de Desembaraço (taxa exigida pela alfândega para autorização do produto no país destino) estão entre os tributos.

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