Aumento dos juros afasta fluxo de capital e reduz crescimento da América Latina

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Migrantes da América Latina
Migrantes da América Latina (foto de David de la Paz), Xinhua)

As economias dos países da América Latina e do Caribe crescerão 3,7% em 2022, em meio a um contexto de incertezas externas e restrições internas, segundo previsões divulgadas nesta quinta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

O crescimento previsto é pouco mais da metade da taxa de 6,7% registrada em 2021. Em 2023 será pior, com a desaceleração do crescimento econômico para uma taxa de 1,3%.

O Brasil, que deve crescer 2,9% em 2022, segundo estimativa do Banco Central brasileiro revisada nesta quinta-feira, ficará mais uma vez abaixo da média da região.

A Cepal destacou que as respostas de política monetária adotadas em todo o mundo em 2022, em um contexto de aumento da inflação global, provocaram aumento na volatilidade financeira e nos níveis de aversão ao risco e, portanto, induziram menores fluxos de capitais para as economias emergentes, incluindo as da América Latina e Caribe.

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Segundo o estudo, após o dinamismo demonstrado no primeiro semestre de 2022, a atividade econômica da região abrandou, refletindo, por um lado, o esgotamento do efeito rebote na recuperação de 2021 e, por outro, os efeitos das políticas monetárias restritivas, maiores limitações na despesa fiscal, níveis mais baixos de consumo e investimento e a deterioração do contexto externo.

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