Avanço da vacinação impacta comércio no Dia das Mães

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Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)
Shopping vazio (Foto: ABr/arquivo)

Neste momento em que 15% da população brasileira se encontra imunizada com, pelo menos, a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e com o avanço da vacinação para idosos com menos de 65 anos em grande parte do país, os brasileiros se sentem mais encorajados a sair de casa e entusiasmados com a perspectiva de retomada de suas rotinas. Esse sentimento de segurança deve contribuir positivamente para o aquecimento das compras de presentes para o Dia das Mães. Análise da Kantar vislumbra um desempenho de vendas de bens de consumo massivo (FMCG) semelhante ao do ano passado ou ainda melhor, já que este ano, ao contrário de 2020, as lojas físicas estão abertas.

No ano passado, o valor das vendas de cosméticos e perfumes presenteados no Dia das Mães, registrou um crescimento de 19,4% versus 2019. Os destaques foram para compras de itens de R$ 50 a R$ 90.

De acordo com um levantamento feito por outra divisão da Kantar em 2020, a Insights, 74% dos brasileiros só se sentiriam seguros para voltar às suas atividades cotidianas do período pré-pandemia após a vacinação.

Já segundo uma pesquisa com 800 brasileiros realizada pelo Google por meio da ferramenta Google Survey em março, 30% dos entrevistados pretendem comprar presentes neste segundo Dia das Mães da pandemia. Outros 29,7% entrevistados estão indecisos sobre presentear ou não neste ano e estão pesquisando mais sobre o tema, o que abre uma oportunidade para empresas apresentarem opções de presente.

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Na semana que antecede o Dia das Mães, as buscas pela data no Google estão 220% maiores que em 2020, considerando o volume registrado na semana entre 24 e 30 de abril. O primeiro pico de interesse por presentes para a data foi em 8 de março deste ano, dia em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.

Ao contrário de anos anteriores, em que o brasileiro deixava o presente para a última hora, neste ano mais da metade (62%) afirmou que iniciaria as buscas antes da semana do Dia das Mães. Em 2020, esse número foi de apenas 38%. Além disso, 19% afirmam que vão pesquisar mais porque querem comprar um item mais barato.

Quanto ao canal, apenas 30% das pessoas que pretendem comprar um presente dizem que o farão em lojas físicas, enquanto 25% planejam comprar pelo site da loja, 20% por aplicativos, 11% por redes sociais e 9% por meio de serviços de entrega. Além disso, o preço do produto é o critério mais importante para a decisão de compra este ano, seguido pela qualidade do atendimento e variedade. O preço e prazo do frete, que em geral são fatores importantes, foram mencionados por menos de 20% dos entrevistados neste ano.

Com relação às categorias de produtos mais buscados dos que pretendem presentear, destacam-se moda (40%), beleza e perfumaria (34%), cestas de flores e experiências (17%) e eletrônicos (14%). Em sua maioria (28%), os entrevistados pretendem gastar até R$ 100 no presente do Dia das Mães deste ano.

Por outro lado, sondagem da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) com associados da entidade sobre o Dia das Mães, mostra que os impactos da crise econômica, resultado da pandemia do coronavírus, com a continuidade de medidas restritivas devem prejudicar os resultados do comércio na segunda melhor data do ano. Segundo a Alshop, as vendas devem ficar 20% abaixo do registrado em 2019, quando ainda se tinha um movimento normalizado.

Apesar do prognóstico de queda nas vendas, retornando próximo ao patamar de 2019, as lojas dos shoppings centers registram movimentação alta após a reabertura, especialmente em São Paulo. No entanto, dados preliminares dos associados mostram que o movimento não se traduz, necessariamente, em vendas e sim em uma demanda reprimida por itens de primeira necessidade, e não em compras de presentes. De acordo com a Alshop, os lojistas ainda se sentem prejudicados com a restrição de horário do comércio, pois estão trabalhando com duas horas a menos.

Os segmentos que terão mais procura são moda feminina, calçados, acessórios, perfumaria, cosméticos e cuidados pessoais. Já produtos de tecnologia tais como celular, televisão e informática, além de artigos de cama, mesa e banho, não terão tanta procura, por estarem mais caros que no mesmo período do ano passado, em razão da alta do dólar.

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