Balanço feito pela Conjuntura Econômica, revista da Fundação Getúlio Vargas do Rio, mostra que, de 1995 a 2000, a participação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal nos ativos totais de 179 bancos pesquisados caiu de 38% para 31,9%. Os estrangeiros foram os que mais conquistaram espaço no período. Os dez maiores multinacionais pularam de 7,6% de participação para 20,1%. Os estatais, claro, tiveram a maior queda: de 46,1%, em 95, para 35,9%, em 2000. Os dez maiores privados tiveram ligeira queda: de 28,8% para 27,1%.
Avanço – 2
Ainda segundo o levantamento da FGV, em 1999 os ativos do Banco do Brasil eram 76% superiores aos do maior banco privado nacional, o Bradesco. Ano passado a vantagem caiu para 51%.
Nacionais
Em 2000 os bancos privados nacionais tiveram a melhor rentabilidade: 12,5%. Os estatais ficaram com 10,5% e os estrangeiros seguraram a lanterna, com rentabilidade de 9,2%.
Grandes
As instituições de grande porte tiveram a maior rentabilidade em 2000: 13,4% (em 1999 fora de 13,3%). Os bancos de médio porte ficaram com 11,4% (contra 22,5% no ano anterior, o do maxidesvalorização). As pequenas instituições cravaram 10% (16,2% em 99). Os cem maiores bancos registraram rentabilidade de 12,4% (19,2% em 99). O conjunto dos 179 bancos pesquisados marcaram 10,8%, contra 16,6% no ano anterior, quando os ganhos foram turbinados pelo fim do congelamento do câmbio.
Destino da inteligência
O Brasil forma 1.300 doutores por ano. A informação foi feita pelo ministro da Educação, Paulo Renato, durante a comemoração do 50º aniversário da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), ontem, em Brasília. Segundo o ministro, as bolsas de doutorado passaram de 5.706, em 1994, para 8.916, mas o número de bolsas de mestrado se manteve inalterado. Satisfeito com o resultado, Paulo Renato, pregou que ser “essencial quadros inteligentes e de alta qualidade para que tenhamos um país mais desenvolvido “. Para dar conseqüência a afirmação, porém, o ministro ficou devendo a informação sobre as condições do mercado de trabalho no país para mestres e doutores, muitos dos quais desempregados ou dirigindo vans.
Qualidade da inteligência
Na mesma solenidade, o ministro da Educação destacou o que chamou de “aceleração, sem precedentes”, da pós-graduação no país. Ele apontou como confirmador dessa tese o aumento de 143% do número de discentes que concluíram cursos de mestrado e de 163% o de doutorado. O ministro, porém, se absteve de comentar os problemas pedagógicos e aprofundamento do saber trazidos por cursos feitos a toque de caixa.
Frases
De uma raposa política com vasta quilometragem no cenário político brasileiro: “Pelo visto, o caminho da roça está destinado a ter para o candidato do presidente FH o mesmo efeito que o “não quero voto de marmiteiro” teve para o brigadeiro Eduardo Gomes.”
“Señor” Titanic
Desidratado de apoio popular, Domingo Cavallo também perde apoio no seu único reduto: o mercado financeiro. O prepotente ministro da Economia da Argentina virou motivo de piada nos fóruns de analistas e operadores na Internet, nos quais é comparado à solista da orquestra do navio Titanic. “Enquanto o barco afunda, ele repete que não vai mexer no câmbio, que não vai haver calote e que a economia argentina está a caminho da recuperação”, ironizou um participante do fórum da corretora do Banco Cidade. “Na Argentina ninguém dorme sem antes saber como ficou o risco-país”, brinca outro.