B3: investidores cresceram 34% em renda fixa e 23% em renda variável

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Brasil Bolsa Balcão - B3
Brasil Bolsa Balcão - B3 (Foto: divulgação)

O patamar elevado da taxa Selic nos últimos 12 meses fez aumentar o volume investido em produtos de renda fixa. O montante chegou a quase R$ 1,8 trilhão no encerramento do primeiro trimestre de 2023, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. Durante esses 12 meses, a renda fixa atraiu 4 milhões de novos investidores, levando o número total de investidores da modalidade a 15,3 milhões.

Os dados fazem parte da mais recente edição do estudo que analisa a evolução dos investidores pessoas físicas na B3.

Na renda variável, os números também cresceram. Cerca de 1 milhão de pessoas abriram contas nos últimos 12 meses, levando o número total de investidores a 5,3 milhões. E, pela primeira vez, o número de contas superou a marca de 6 milhões – chegou a 6,1 milhões nos três primeiros meses deste ano, acumulando um total de R$ 439 bilhões sob custódia. Somando esse montante com o volume aplicado em renda fixa, o valor sob custódia bate R$ 2,2 trilhões. Importante ressaltar que o número de contas é superior ao de CPFs porque a mesma pessoa pode ter conta em mais de uma corretora.

O número de investidores totalizou 17,6 milhões, já excluindo duplicidades de investidores que estão tanto na renda fixa como na renda variável.

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Uma novidade desta edição do estudo são os dados sobre a participação de pessoas físicas nas negociações de derivativos: contratos futuros, swap e opções. Um total de 267 mil pessoas fizeram ao menos um negócio com esses produtos no primeiro trimestre. Elas são responsáveis por 23% da quantidade média diária de contratos negociados.

O futuro de minicontratos de Ibovespa B3 (WIN) foi o derivativo com a maior quantidade de investidores no período, com 235,5 mil pessoas, seguido pelo futuro de minicontratos de dólar (WDO), com 148,9 mil.

O estudo também destaca os resultados do primeiro trimestre de negociação do Tesouro RendA+, título disponibilizado em janeiro pela B3 e pelo Tesouro Nacional voltado para a aposentadoria. Metade dos investidores do produto têm entre 25 e 39 anos, mas os 42% com idade acima de 39 anos concentram 75% do saldo em custódia.

Outros indicadores do Tesouro Direto que se destacam no trimestre são o estoque total do produto, considerando todos os títulos, que subiu cerca de 6% e chegou a R$ 105,3 bilhões, e o saldo mediano, que aumentou de R$ 2,8 mil para R$ 3,1 mil.

Não é apenas no Tesouro RendA+ que os jovens compõem a maioria dos investidores. Das atuais 5,3 milhões de pessoas que investem em renda variável na B3, 49% têm entre 25 e 39 anos. Essa também é a faixa etária em que 45% dos novos investidores entraram no mercado de equities.

A distribuição por gênero vem se mantendo estável nos últimos anos. Os homens são 77% dos investidores, mas as mulheres começam a operar ativos de renda variável com valores maiores que eles. O valor mediano do primeiro investimento delas foi de R$ 199 em março, ante R$ 59 dos homens.

A democratização do acesso à Bolsa pode ser constatada também nos aportes iniciais das 106 mil pessoas que entraram na B3 em março: a mediana do primeiro investimento foi de R$ 80, mas 41% começaram sua jornada com valores de até R$ 40.

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