Baile de favela. Em Tóquio

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Rebeca Andrade Tóquio 2020 (foto de Gaspar Nóbrega, COB)
Rebeca Andrade Tóquio 2020 (foto de Gaspar Nóbrega, COB)

Em meio à constelação reunida em Tóquio, Simone Arianne Biles, ou simplesmente Simone Biles, nascida em Columbus, Ohio, EUA (14 de março de 1997, 24 anos) está fadada a ser uma das estrelas de maior brilho destes Jogos Olímpicos. Depois do sucesso das Olimpíadas do Rio de Janeiro de 2016, quando conquistou quatro medalhas de ouro e uma de bronze, mais as 25 medalhas dos Mundiais de Ginástica Artística, sendo 19 delas de ouro, era inevitável revelar-se como raro fenômeno na sua modalidade.

O preço da condição de raro destaque manifestou-se logo no primeiro solo, quando “pousou” além da área determinada, fora do praticável, custando uma fração de ponto na nota a ela atribuída. Ainda assim, foi a maior pontuação classificatória na modalidade. Só mesmo o peso de corresponder à expectativa tão grande pode desequilibrá-la.

Em terceiro lugar nos procedimentos de classificação ficou a brasileira Rebeca Andrade, nascida em Guarulhos, São Paulo, há 22 anos (8 de maio). Além de uma performance quase perfeita (15.100 pontos versus 15.183 pontos de Simone Biles), a atleta ousou apresentar-se com a trilha sonora Baile de favela, um funk bem carioca, tão carioca quanto o Club de Regatas do Flamengo, clube pelo qual ela compete, quando não está representando o Brasil.

 

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Há 20 anos na coluna Empresa-Cidadã

(Coluna E-C: 25/7/2001) – “As manifestações de repúdio tornaram-se rotina sempre que a globalização era objeto de encontro de líderes das grandes potências. Desde Seattle, em 1999, passando por Davos, até a recente reunião do G8, realizada em Gênova, pessoas sabem o que não querem.”

“Parece não haver mais lugar na Terra para que os dirigentes dos países líderes (e beneficiários) da globalização possam se reunir, conforme a fina ironia manifestada por Fidel Castro. Em Gênova, a reunião aconteceu em um transatlântico luxuoso, mas o presidente dos EUA (George W. Bush) sentiu-se mais confortável em dormir em um porta-aviões da marinha norte-americana. Nem assim os protestos diminuíram e a repressão policial às manifestações deixou o saldo trágico da morte de um jovem de 22 anos, além de cerca de 500 feridos, 200 detidos e US$ 45 milhões de prejuízos materiais.”

“Ao final da reunião, os líderes do G-8 (os sete países de maiores economias do mundo mais a Rússia) anunciaram como importantes conquistas para o Planeta resoluções como a de apoio à proposta africana de realização de um novo fórum para a redução da pobreza e o lançamento de um fundo da ONU de US$1,3 bilhão para o combate à Aids, à tuberculose e à malária, apesar da solicitação original do então presidente da ONU, Kofi Annan, referir-se a US$ 10 bilhões.”

“O fundo foi criado, com a introdução da Covid-19 no seu escopo. Conforme nota, de 14 de abril de 2020, do Conselho do Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária, foi ‘aprovado, por unanimidade, um novo mecanismo para apoiar os países na resposta à Covid-19 e amenizar o impacto nos sistemas de saúde e em programas de combate ao HIV, tuberculose e malária de forma eficaz, dobrando o valor do fundo de financiamento disponível para até US$ 1 bilhão’.”

“Peter Sands, diretor executivo do Fundo Global, enfatizou a urgência da situação e pediu aos parceiros que unam forças para responder a uma emergência de saúde pública sem precedentes que ameaça prejudicar o progresso em HIV, tuberculose e malária, e sobrecarregar os sistemas comunitários e de saúde com consequências potencialmente catastróficas.”

 

Há dez anos na coluna Empresa-Cidadã

(Coluna E-C: 20/7/2011) – Tecnologia de ponta ou ponta de tecnologia?

“A Rede de Tecnologia Social (rts.org.br) recebeu sugestões de projetos de diferentes temas, desenvolvidos em diferentes regiões, mapeando assim tecnologias sociais capazes de contribuir para a erradicação da miséria no país.”

“No tema da economia solidária, encontra-se o projeto ‘Comercialização de Produtos Orgânicos e Agroecólogicos, com Ênfase na Entrega em Domicilio e Ponto Fixo de Venda’. De autoria de Silvio Vieira, a iniciativa visa a superar dificuldades representadas por encontrar, ao preço justo, facilidades em logística de distribuição de produtos in natura, bem como a falta de conhecimento sobre as diferenças entre produto orgânico e outros, e ainda a percepção do agricultor familiar na preparação de seu produto de forma mais adequada.”

“No tema da agricultura familiar, outra tecnologia social relacionada é a da ‘Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Sistema Pais)’. Criada por Aly Ndiaye, tem o propósito de fazer agricultura sustentável, sem emprego de agrotóxicos, integrando técnicas simples e já conhecidas em muitas comunidades rurais para reduzir a dependência de insumos de fora da propriedade, diversificar a produção, racionalizar a utilização de recursos hídricos, alcançar a sustentabilidade em pequenas propriedades e reconstruir áreas degradadas em volta das casas, denominadas como ‘Quintais Agroecológicos’.”

“Desenvolvida desde 1999, a tecnologia consiste em integrar a produção, na forma de anéis, cada um deles destinado a uma cultura, complementar à seguinte, sem o uso de agrotóxicos. O pressuposto adotado é o de que não existe praga, mas desequilíbrio ambiental. Assim, na hipótese de eventuais ataques, enquanto o sistema é recomposto, são utilizados remédios caseiros, baseados no controle biológico.”

Para se alcançar a sustentabilidade, há quem aposte na tecnologia de ponta. Com ponta de tecnologia, no entanto, ela também pode ser alcançada.

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