Baixa renda sofreu 2 vezes mais impacto financeiro que classe alta

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Desigualdade social (Foto: Vladimir Platonow/ABr)
Desigualdade social (Foto: Vladimir Platonow/ABr)

As famílias de baixa renda foram as que mais sofreram o impacto financeiro da pandemia: 75% afirmam terem sofrido perdas, em comparação a 57% das famílias de classe média e 35% da classe alta.

Nove em cada dez entre os consumidores afetados expressaram preocupação sobre sua capacidade de pagar contas e empréstimos, uma vez que 61% acreditam ser incapazes de pagar pelo menos uma de suas contas e empréstimos atuais na sua totalidade, e 40% esperam ter um déficit dentro de um mês.

A pesquisa foi realizada pela TransUnion, companhia de informação e prevenção à fraude. Os resultados do primeiro trimestre de 2021 do Consumer Pulse Study apontam que apenas 28% dos lares brasileiros receberam alguma forma de auxílio financeiro, como adiamentos, perdões ou férias.

Os principais impactos relatados foram a perda do emprego (45%) ou a redução da carga horária de trabalho (29%) de alguém no domicílio. Além disso, 13% tiveram que fechar um pequeno negócio que possuíam ou perderam seus clientes ou pedidos devido às restrições para combate à pandemia.

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Entre os consumidores que foram afetados, 41% indicaram que suas finanças ainda não se recuperaram, enquanto 52% afirmaram que suas rendas se recuperaram de alguma forma. Apenas 7% indicaram que suas finanças estão totalmente recuperadas. O estudo ouviu 1.101 consumidores entre 5 e 9 de março de 2021.

Diferença nos EUA já vinha crescendo

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, banco central) revelou que, no quarto trimestre de 2020, quase 25% dos adultos disse que estava pior financeiramente em comparação com o ano anterior. A maioria, porém, acreditava que ainda estava, ao menos, “bem financeiramente” no geral.

Também nos EUA, as classes mais altas foram menos afetadas. Os adultos com ao menos diploma de bacharel têm muito mais probabilidade de afirmar se sair pelo menos bem financeiramente (89%) do que aqueles com menos do que o segundo grau (45%). Essa diferença aumentou para 44 pontos percentuais em 2020 de 34 pontos percentuais em 2019, de acordo com o Fed Economic Well-Being of U.S. House in 2020.

No ano passado, menos de dois terços dos adultos negros e hispânicos estavam ao menos bem financeiramente, em comparação com 80% dos adultos brancos e 84% dos adultos asiáticos. A diferença no bem-estar financeiro entre adultos brancos e adultos negros e hispânicos cresceu 4 pontos percentuais desde 2017.

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