São Paulo, 27 abr (Xinhua) — O último Relatório de Gestão de Reservas Internacionais, que descreve a evolução das reservas internacionais do Brasil, divulgado pelo Banco Central do Brasil, mostra que em 2021, a participação do RMB aumentou de 1,21% para 4,99%, marcando um recorde desde sua entrada na cesta em 2019.
Economistas brasileiros avaliam que, à medida que a influência econômica da China cresce e ela mostra maior disposição a participar dos assuntos econômicos globais, o RMB tem sido considerado por mais países como uma das moedas fortes do mundo.
Hsia Hua Sheng, professor associado em área de finanças internacionais da Fundação Getúlio Vargas, observou que do ponto de vista da teoria do portfólio para diversificação do risco financeiro das reservas brasileiras, faz sentido aumentar gradualmente as reservas em RMB, já que a China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Como a China tem sido um importante parceiro comercial de muitos países do mundo, o RMB provavelmente será usado em alguns acordos comerciais, especialmente para bens e serviços com os quais a China tem maior influência no mercado, disse Hsia.
Diego Pautasso, professor convidado em relações internacionais, geopolítica e especializado em defesa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, acredita que o aumento do RMB como reserva e referência para o comércio deve se expandir, e o aprofundamento da integração da Eurásia por meio do BRI fortalecerá o RMB como uma moeda de referência.
Joelson Sampaio, professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas, concordou com as opiniões deles.
“A China reagiu (à pandemia) com regras rígidas e obteve melhor desempenho econômico”, segundo Sampaio. “Outros países procuram diversificar suas reservas para reduzir a dependência do dólar, adicionando reservas de RMB.” Fim
Leia também: