O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira cortar as taxas de juros básicas pela sétima vez desde junho de 2024, em resposta ao impacto negativo das tarifas dos EUA sobre o crescimento econômico em toda a Zona do Euro.
Desta vez, o BCE não repetiu sua retórica anterior de que os cortes continuariam, em um momento de crescente incerteza. Em vez disso, seguirá “uma abordagem dependente de dados e reunião a reunião para determinar a postura apropriada da política monetária”, informou o Banco.
Após o ajuste do BCE, a taxa da facilidade permanente de depósito e a taxa de juros das principais operações de refinanciamento cairão para 2,25% e 2,4%, respectivamente, enquanto a taxa da facilidade permanente de empréstimo será reduzida para 2,65%.
O BCE afirmou que o processo de desinflação continua em andamento, mas alertou para o aumento da incerteza alimentada pela escalada das tensões comerciais, que estão obscurecendo as perspectivas econômicas.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou durante uma coletiva de imprensa que “os riscos de queda para o crescimento econômico aumentaram”, já que uma grande escalada nas tensões comerciais globais e a incerteza associada provavelmente reduzirão o crescimento da zona do euro, reduzindo as exportações. Também pode reduzir o investimento e o consumo, afirmou.
É a sétima vez que o BCE reduz as taxas de juros básicas desde que iniciou um ciclo de cortes em junho do ano passado. Um total de 1,75 ponto percentual foi retirado das três taxas de juros básicas, que foram elevadas aos seus níveis mais altos em setembro de 2023.
Carsten Brzeski, chefe global de Macroeconomia do ING Research, considera o corte de juros desta semana a medida correta. “O corte de hoje [17] não causará nenhum dano; manter as taxas não só lançaria dúvidas sobre a disposição do BCE de impulsionar o crescimento, como também poderia levar a um fortalecimento adicional e injustificado do euro”, disse Brzeski em nota.
Agência Xinhua