O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês, o banco central britânico), Mark Carney, afirmou que adotará as medidas necessárias para garantir a moeda e a estabilidade financeira. Ele falou sobre a incerteza na economia após o referendo aprovar a saída do Reino Unido da União Europeia.
Carney afirmou que sinceridade é parte importante do trabalho do BoE e que há limites no que o Banco pode fazer. Mas analistas do mercado financeiro esperam que um corte na taxa de juros seja anunciado em 4 de agosto, data da reunião do Comitê de Política Monetária. Haverá um encontro anterior, em 14 de julho, mas que deve se limitar a uma análise dos efeitos da saída da UE.
A taxa de juros britânica está em 0,5%, seu patamar mais baixo na história. “O panorama econômico se deteriorou e uma facilitação da política monetária deverá ser necessária no verão”, explicou o presidente do BC. Antes do referendo, Carney havia alertado que seria muito provável que a economia britânica entrasse em recessão em caso de vitória do Brexit. Os analistas esperam também reforço no programa de compra de ativos, que já injetou 375 bilhões de libras (R$ 1,6 trilhão) na economia.
Alemanha
Na apresentação do relatório do Fundo Monetário Internacional sobre a economia alemã, a chefe da missão ao país, Enrica Detragiache, afirmou que o FMI prevê que a Alemanha será afetada e deverá crescer menos que o 1,7% previsto antes do Brexit.
A maior economia da União Europeia deve crescer 1,5% em 2017. Por enquanto, “o ritmo de crescimento manteve-se estável graças à forte procura interna, que compensou a debilidade da procura externa”, indica o relatório anual do FMI.
Com Agência Xinhua