Banco de dados da ANP atendeu mais de 9 mil solicitações em uma década

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A Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) participou, por meio da cessão de dados sísmicos públicos armazenados em seu Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP), do Projeto de Caracterização do Tipo de Fundo na Plataforma Continental do Ceará com Base em Atributos Sísmicos. A informação foi veiculada nesta terça-feira no site da ANP. O estudo atestou a possibilidade de uso indireto de dados sísmicos para caracterizar a natureza do substrato oceânico.

De acordo com a ANP, nos últimos dez anos, foram atendidas mais de 9.000 solicitações de dados de mais de 200 empresas e instituições. O Banco de Dados de Exploração e Produção da ANP possui em seu acervo mais de sete petabytes de dados técnicos gerados nas atividades de prospecção petrolífera em todo território brasileiro.

Desde 2000, o BDEP recebe, avalia, armazena e disponibiliza esses dados à sociedade (cidadãos, agentes regulados, etc.), obedecendo a regras que garantem período de sigilo ao titular dos dados, estabelecidas na Resolução ANP nº 757/2018.

O projeto de Caracterização foi idealizado em conjunto com as empresas Premier Oil e TGS (ex-Spectrum), tendo em vista a expertise que havia sido desenvolvida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), em conjunto com as Universidade Federal do Rio Grande (UFRG), Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Universidade Federal do Pampa, em trabalho semelhante desenvolvido na Bacia de Pelotas.

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O projeto, considerado inovador pela agência reguladora, poderá resultar no desenvolvimento de um padrão para identificação de carapaças biogênicas no assoalho marinho, esclarecendo se são colônias de corais ou não. O trabalho também permite que o mapeamento realizado sirva de base para análises de impacto e de risco no caso de acidentes durante a perfuração de poços, representando uma importante contribuição da sísmica à preservação ambiental.

A participação da ANP deu-se a partir de acordo de cooperação técnico-científico assinado com a UFF, em 2018, com vigência de 60 meses, visando a ações para a gestão integrada do conhecimento geocientífico brasileiro e ampliação do conhecimento geológico das bacias sedimentares brasileiras.

Segundo a ANP, na Bacia do Ceará havia uma lacuna importante de informação que somente poderia ser preenchida com dados públicos adquiridos antes de 1998. A ANP, a partir de acordo assinado com a UFF, cedeu esses dados públicos, relativos às porções mais rasas da Bacia do Ceará, onde dados científicos sugeriam a ocorrência de formações biogênicas relevantes.

 

 

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