Banco de Dados para preservar o patrimônio histórico

196
Claudio André Castro entrega uma das imagens recuperadas pela PF ao padre Vitor Pereira

Provedor da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores e Mordomo da Santa Casa da Misericórdia, o empresário Claudio André Castro está anunciando a criação de um Banco de Dados, com a participação, em conjunto, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, para servir de base às ações da Polícia Federal contra os roubos de peças sacras nas igrejas do Rio de Janeiro, tombadas pelo Patrimônio Histórico, especialmente, localizadas no Centro do Rio de Janeiro.

“Comecei a verificar as peças de arte desaparecidas, quando assumi a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores. Quando recebi as chaves. Verifiquei que imagens antigas tinham sido arrancadas e foram substituídas por imagens de gesso, mais modernas. Comecei a procurar pela igreja e encontrei negativos. Depois, verifiquei, pelo inventário da igrejinha da Rua do Ouvidor número 35, do século XIX e do início do século XX, que demonstravam não haver mais, no local , mais de trezentas peças”, relata.

Segundo o empresário, a igreja foi tombada pelo Patrimônio Histórico e esses bens também estavam tombados. E, portanto, nunca deveriam ter sido retirados de lá. Além disso, lembra que descobriu, por dois livros de fotografias sobre o barroco do Rio de Janeiro , demonstrando que as peças roubadas ainda estavam lá, no início dos anos 80.

“Conseguimos descobrir que, entre os anos 80 e os anos 2000, as peças foram roubadas. O Banco de Dados que está sendo criado, em conjunto, por mim, com a participação da Arquidiocese do Rio de Janeiro, comissão de Patrimônio, já foi submetido ao Iphan, e está sendo objeto de uma oficialização, e servirá de base para as ações, tanto da Polícia Federal, como do Iphan, esses bens serão incluídos na lista de objetos procurados. A Irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores está atenta a todos os Leilões de Arte realizados no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo”, afirmou Claudio André Castro.

Espaço Publicitáriocnseg

Entre as peças de arte arrancadas, por ladrões, e vendidas ilegalmente, destacam-se anjos, talhas, lustres e rocailles. “Foram arrancados com o uso de serrote e deixaram marcas grosseiras. As peças tombadas acabaram sendo vendidas em Leilões de Arte”, disse o Provedor da Irmandade de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui