Bancos sobem e sustentam alta do Ibovespa

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O Ibovespa fechou em alta de 0,56%, em 52.552,79 pontos, ancorado no setor bancário, que teve boa recuperação após recentes quedas, e na Petrobras, que subiu apesar da volatilidade do preço do petróleo. O volume financeiro somou R$ 7,3 bilhões.

Por outro lado, a Vale sofreu forte queda (VALE3 -6,75%; VALE5 -5,33%), acompanhando os preços do minério de ferro e pressionada pela decisão do Ministério Público de pedir uma multa de R$ 155 bilhões no caso Samarco.

No mercado externo predominou a aversão ao risco e as principais bolsas fecharam no negativo. “O mercado externo trabalhou em baixa hoje por conta da desconfiança do mercado com os dados do payroll nos Estados Unidos, que podem adiar, mais uma vez, a alta na taxa de juros por lá. Na Europa, as mineradoras sofreram e pesaram nos índices”, avaliou Leonardo Ramos, sócio da DNA Invest.

Thiago Montenegro, analista da Quantitas, ressaltou o papel do setor bancário na alta do Ibovespa. “Foi um movimento de correção dos últimos dias, especialmente Bradesco e Itaú, que sofreram quedas, mas o mercado está otimista com esses bancos”, disse.

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Gol, que não está no Ibovespa, também chamou atenção, com salto de quase 30% nas ações, após proposta de restruturação financeira e expectativas sobre a participação de estrangeiros em empresas aéreas brasileiras.

De acordo com o gestor Eduardo Roche, da Canepa Asset Management, o noticiário político local seguiu em segundo plano, com o afastamento da presidente Dilma Rousseff já no preço e o mercado à espera do anúncio oficial de uma eventual nova equipe de governo.

A Petrobras fechou com as preferenciais em alta de 1,43%, a despeito da volatilidade dos preços do petróleo.

O Bradesco subiu 4,27% e Itaú Unibanco avançou 2,46%, recuperando-se de quatro sessões consecutivas de perdas, quando acumularam perdas de cerca de 7% e 10%, respectivamente.

 

Dólar

 

O dólar recuou 0,87%, a R$ 3,5400 na venda, em movimento de ajuste após a alta de cerca de 4% nas duas sessões anteriores e sem a atuação do Banco Central no mercado de câmbio.

O movimento foi contrário ao visto no cenário externo, onde a moeda norte-americana subia frente a outras divisas diante do aumento da aversão ao risco por conta de temores sobre a economia global.

Após as recentes valorizações, que levaram o dólar a fechar no patamar de R$ 3,57 na véspera, o BC não anunciou para esta sessão leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólar. A percepção de muitos operadores é que a autoridade monetária não quer o dólar abaixo de R$ 3,50 para não prejudicar as exportações brasileiras e estaria confortável com o atual nível.

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