Barato que sai caro

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Para os que insistem em dizer que a telefonia estatal era cara e entrou no país das maravilhas após a privatização, vai aí uma continha: o plano de expansão saía por R$ 1.180, parcelados em 36 vezes, o que dava R$ 32,77 por mês. Somados ao valor da assinatura (R$ 0,61), dava um gasto fixo mensal de R$ 33,38. Menos do que os R$ 33,51 cobrados somente de assinatura residencial no Rio de Janeiro, por exemplo. Com a diferença extra de que, antes da privataria, após 36 meses a conta fixa caía para os R$ 0,61 e o comprador ainda ficava com os papéis da Telebrás – talvez o maior programa de venda de ações já feito no Brasil – e que poderiam render, nos bons tempos da bolsa, até três vezes do que se pagara.

Ralo
A Intelig, a exemplo de outras teles, se queixa dos resultados no Brasil. Uma administração melhor talvez melhorasse os resultados: um cliente recebeu uma conta – em três páginas – com a cobrança de uma singela ligação interurbana no valor de R$ 0,66 – sendo que R$ 0,22 eram impostos.

No ar
A Infraero e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) anunciam hoje os três finalistas do concurso que elegerá o melhor projeto para construção do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, de Florianópolis. É a primeira vez que a estatal responsável pelos aeroportos brasileiros promove um concurso público para escolha de projeto arquitetônico. Os próximos deverão ser os de Uberlândia e Campinas.

Contramão
Pete Stark, vice- presidente de relações industriais da IHS Energy, consultoria especializada, contesta preocupações do mercado com suprimento de petróleo. “Contra um histórico de altos preços do petróleo, medo sobre reduções no Iraque e aumento massivo da demanda previstos na China e Índia, a IHS está prevendo que a capacidade de produção aumentará durante os próximos quatro anos para um nível que atenderá ao consumo e poderá até permitir uma redução dos preços.”
Além de importantes projetos em andamento na Nigéria, Angola, Brasil, Rússia e Cazaquistão, existem vários outros projetos menores a serem desenvolvidos em países que vão desde a Noruega até o Vietnã. A previsão da consultoria é que capacidade de produção global aumentará para aproximadamente 85,5 milhões de barris por dia até 2008.

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Soberania
“A Índia, símbolo no passado de estagnação, a ponto de inspirar o neologismo Belíndia, hoje faz com que a Bélgica represente, nessa palavra composta, o elemento de crescimento baixo, enquanto ela se descreve a si mesma como “shining”, a Índia que reluz.” Assim o embaixador Rubens Ricupero sintetizou, em artigo publicado no fim de semana na Folha de S.Paulo, o simbolismo mais poderoso da opção indiana pela recusa à ortodoxia do FMI. De passagem, serve de contraponto para o encolhimento de países que insistem em trilhar o caminho inverso.

Espelho meu
Segundo 88,1% dos entrevistados numa enquete eletrônica o Brasil de Lula não é o melhor do que o Brasil de FH. Apenas 11,9% concordam com a propaganda petista. Os resultados poderiam ser considerados expressivos para os tucanos, não fosse pequeno detalhe: foram produzidos numa das ante-salas do PSDB: a revista eletrônica Primeira Leitura. A ressalva, porém, não retira do tucanato um motivo para comemorar: pelo menos dentro de casa, continuam imbatíveis.

DNA
A reportagem publicada pelo The New York Times revela que a recente mudança no alto comando do jornal foi insuficiente para extirpar do periódico o espírito de Jason Blair. A matéria do correspondente do jornal norte-americano no Brasil, Larry Rother, mantém todas as características da escalada de Blair no NYT, no qual se notabilizou mais pela ficção e má fé que pela qualidade do seu jornalismo.

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