Bares e restaurantes recompuseram preços em agosto

Índice de alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,33% em comparação a julho; Fipe aponta alta em vendas e faturamento em supermercados e restaurantes

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Garçom em restaurante (Foto: Wikipedia/CC)
Garçom em restaurante (Foto: Wikipedia/CC)

Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados pelo IBGE na última terça-feira, mostram que a inflação da alimentação fora do domicílio cresceu 0,33% em agosto, enquanto o índice geral teve deflação de -0,02%. Os números indicam uma recomposição nos preços dos cardápios de bares e restaurantes após meses de contenção.

Esse movimento de ajuste nos preços, acrescido de uma redução dos custos de alimentação e bebidas, que tiveram uma queda de -0,44%, tendem a melhorar a margem do setor. Isso proporciona um ambiente favorável para que os negócios adaptem o cardápio sem perder competitividade.

Nos últimos 12 meses, o índice de alimentação fora do domicílio acumulou alta de 4,55%, mantendo-se em linha com a alimentação dentro do domicílio (4,60%) e alimentação e bebidas (4,59%). O índice geral registrou uma alta acumulada de 4,24% no mesmo período, o que demonstra que o setor de bares e restaurantes segue com um desempenho alinhado ao contexto econômico, sem grandes variações.

De acordo com Paulo Solmucci, presidente-executivo da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento registrado em agosto reflete uma dinâmica positiva: “O setor está ajustando os preços de maneira estratégica, acompanhando o crescimento da demanda, principalmente em função de fatores como o clima quente, que estimula a ida aos bares e restaurantes. A recomposição dos cardápios é um reflexo do cenário favorável, e isso tem gerado uma recuperação para os negócios”.

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Dados dos Índices de Consumo em Supermercados (ICS) e os Índices de Consumo em Restaurantes (ICR), calculados pela Alelo, especialista em benefícios, gestão de despesas corporativas e incentivos, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontam que, em agosto, houve alta nas quantidade e valor transicionados em supermercados e restaurantes feitos via cartão benefícios (vale-alimentação e vale-refeição).

Entre julho e agosto de 2024, os supermercados registraram uma elevação de 4,4% no número de transações, além de um crescimento de 7,1% no valor transacionado. O valor médio por transação apresentou um incremento de 2,5% no mesmo período.

Já na comparação com o mesmo período de 2023, os resultados apurados em agosto indicaram um crescimento expressivo de 15,9% no número de transações, em paralelo ao aumento de 29,6% no valor transacionado em supermercados. O valor médio por transação também exibe uma variação positiva no período (11,8%).

Comparando-se o desempenho no acumulado de 2024 (até agosto) e o resultado no mesmo período de 2023, as transações em supermercados cresceram 11,3% em volume e 18,6%, em valor (faturamento). O valor médio por transação, por sua vez, registrou uma expansão de 6,5% na comparação entre esses dois recortes temporais.

Finalmente, considerando os resultados acumulados nos últimos 12 meses e o desempenho no período precedente, os supermercados exibiram um aumento de 10,9% nas transações efetivadas. Já em termos de valor (faturamento), a expansão chegou a 17,4%, enquanto o valor médio por transação cresceu 5,9% nesse mesmo intervalo temporal.

De acordo com o IPCA/IBGE, os preços da alimentação no domicílio registraram deflação de 0,4% em agosto. Em relação ao mesmo mês de 2023 (últimos 12 meses), o subgrupo exibe uma inflação de 4,6%.

Na comparação com julho de 2024, os restaurantes registraram um incremento de 3,4% no número de transações efetivadas em agosto de 2024. Paralelamente, o valor transacionado nesses estabelecimentos avançou 5,7% no mês, enquanto o valor médio por transação foi 2,3% maior em comparação com o período imediatamente anterior.

Ao se comparar o desempenho em agosto de 2023 e o mesmo período de 2024, foi possível identificar um crescimento de 6,9% no número de transações efetivadas, além de uma alta expressiva de 22,9% no valor das vendas. Esse resultado se deveu, em boa medida, ao incremento de 14,6% no valor médio por transação.

Tomando por referência o balanço parcial de 2024, os restaurantes registraram uma elevação de 1,7% no número de transações, além de uma alta de 10,7% no valor transacionado. Já o valor médio por transação cresceu 14,6%.

Finalmente, no acumulado nos últimos 12 meses, os restaurantes registram uma discreta retração de 0,4% no número de transações, contrastando com o aumento de 7,7% no valor transacionado (faturamento). As diferenças nesses resultados são explicadas pelo comportamento do valor médio por transação, que cresceu 8,2% no período.

Segundo o IPCA/IBGE, os itens de alimentação fora de domicílio (que incluem refeições em restaurantes) apresentaram inflação de 0,3% em agosto. Em 12 meses, por outro lado, os preços do subgrupo avançaram 4,7%.

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