Barraginhas

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Luciano Cordoval de Barros (foto de Gerardo Lazzari, divulgação Fundação Bunge)
Luciano Cordoval de Barros (foto de Gerardo Lazzari, divulgação Fundação Bunge)

Uma solução ambiental, relacionada à obtenção de água para viabilizar a produção agropecuária, sem apresentar custos daqueles que proíbem qualquer projeto, está configurada com as barraginhas, como se tornou conhecida a prática.

Concebidas nos anos 1990 pelo engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros, com experiência internacional no México e em Israel, as barraginhas correspondem a um conjunto de bacias que armazenam água de chuvas, além de se prestarem a outros fins, como o de prevenir a erosão dos solos. Implantadas inicialmente na região de Sete Lagoas (MG), com os bons resultados, atravessaram cercas e fronteiras e são encontradas em mais de 15 Unidades da Federação.

Como se fosse um mantra, Luciano sintetiza o sentido das barraginhas da seguinte forma: segura a chuva onde ela cai.

As bacias que formam cada barraginha, instrumento de prevenção permanente, geralmente, têm de 16m a 30m de diâmetro, 1,50m a 1,80m de profundidade e tomam 4 horas para serem construídas, em terrenos com no máximo 16º de inclinação.

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Parece ponta de tecnologia. É tecnologia de ponta, porém. E coleciona casos de sucesso.

 

WEF 2022: ventos frios

O Fórum Econômico Mundial (WEF), farrancho realizado tradicionalmente no mês de janeiro, em Davos (Suíça), oferece petiscos aos participantes. Um deles é a realização de uma pesquisa que apura o estado de ânimo dos quase mil líderes governamentais, empresariais, acadêmicos etc. de quase todo o mundo. Em comum, todos representam os segmentos mais favorecidos. Podemos chamar a pesquisa de “o risco dos ricos”, sendo os riscos elencados segundo opinião dos participantes.

Desta vez, a biruta indica que os ventos estão frios. Somente 10% dos entrevistados acreditam que a retomada da economia vai acelerar dentro dos próximos três anos. No curto prazo, o que figura como a maior preocupação é a mudança climática.

Em sentido mais amplo, sobre as condições do mundo, somente um em cada sete está otimista. Os três riscos maiores para este público são as mudanças climáticas, a economia e a coesão social. Seguem crises de subsistência e a deterioração da saúde mental.

Ademais, novas classificações de áreas de risco emergentes, na segurança cibernética, transição climática desordenada, pressões migratórias e competição no espaço.

Participam da realização e elaboração deste relatório a Zurich, a Marsh McLennan e o SK Group, da Coreia do Sul, e ainda as universidades de Oxford e Pensilvânia e a Universidade Nacional de Cingapura.

 

Deu na Coluna Empresa-Cidadã de 25/1/2012

(“Fórum Social Temático”)

– Começou nesta terça-feira mais uma edição do Fórum Social Mundial, criado em 2001. Realizado no Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo, o Fórum Social Temático Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental será aberto com uma marcha em Porto Alegre. Este é um dos desdobramentos do Fórum Social Mundial previstos para este ano, que gerará propostas para levar à Cúpula dos Povos da RIO+20, encontro simultâneo à Conferência de Cúpula da ONU.

– Um dos debates que atravessa o Fórum e remete ao lema original, Outro Mundo é Possível, é sobre o alcance de conceitos como o da economia verde, incluído nos postulados de uma sociedade capitalista, em oposição a expressões de uma economia não capitalista, como o da economia solidária.

– Desde 2001, a ditadura neoliberal, que teria imposto até mesmo o fim da História, caiu do muro com a crise iniciada em 2008, com extensões cada vez mais danosas. As forças reagentes, originadas a partir da realização do primeiro fórum, descortinam um cenário de avanços quanto à possibilidade de transformações, com atores expressivos de oposição capitalista, como os movimentos Occupy Wall Street, Primavera Árabe e as mobilizações europeias dos indignados.

– Na América Latina, a Via Campesina, os quilombolas e os indígenas, entre outros, foram capazes de gerar mobilizações e conquistas, como o movimento A Guerra pela Água e a Conferencia Mundial de los Pueblos sobre el Cambio Climático y los Derechos de la Madre Tierra, ambos em Cochabamba (Bolívia), resultando da conferência a Declaração de Direitos da Mãe Terra.

– Como mobilização para convergir para a Rio+20, o Fórum Social Temático tem tudo para ser bem sucedido na construção de uma pauta comum destes movimentos, para fazer valer uma das propostas do desenvolvimento sustentável, como definido no relatório Nosso Futuro Comum, de 1987 e que será reelaborado na RIO+20, de rever o processo internacional de tomada de decisões.

 

Falsa gravidez

Nos últimos dias, o noticiário esteve empenhado com o caso de Maria Verônica Aparecida César Santos, 25 anos, que utilizando uma barriga falsa de silicone, coberta por tecido, teria se passado por grávida de quadrigêmeos, em Taubaté (SP). Tão curioso quanto, é que o marido também teria se deixado enganar.

Em 17 de janeiro, Ana Paula Muckenberger, 29 anos, blogueira de Blumenau (SC), disse que a suposta grávida de quadrigêmeos de Taubaté teria copiado o ultrassom apresentado como “prova” da gravidez de sua página na internet.

Há empresas que também se exibem como se estivessem prenhas de resultados sociais, ambientais, culturais e econômicos, com relatórios de sustentabilidade em baixo do braço, copiados não se sabe de quem, mas que não resistem a um exame ginecológico elementar, para que se constate suas barrigadas de silicone. E os maridos não percebem…

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