BC: empréstimos cresceram 16,5% em 2021

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Dinheiro, cédulas
Dinheiro (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

De acordo com o Banco Central, o volume total de créditos bancários chegou a R$ 664 bilhões em 2021, atingindo R$ 4,6 trilhões no total. O número representa aumento de 16,5% se comparado com 2020. A alta foi a maior para o crédito bancário em um ano fechado desde 2011, quando o volume total cresceu 18,8%. Em 2020 o crescimento foi de 15,6%. De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o resultado foi decorrente dos empréstimos voltados às famílias.

Já segundo o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, em janeiro a quitação de débitos feita por empresas inadimplentes continua desacelerando. O montante de dívidas pagas em até 60 dias após o mês de negativação foi de apenas 34,4%, percentual que revela o pior desempenho desde dezembro de 2019, quando o índice marcou 32,5%. O indicador também apontou que as dívidas contraídas no segmento de varejo possuem um nível expressivo de recuperação, superando a média geral, com 39,3%.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, os empreendedores seguem encontrando dificuldades para retornar aos níveis pré-pandemia.

“O cenário econômico instável, de crescente inflação e alta da taxa de juros, impacta negativamente a melhora do fluxo de caixa das empresas. Além disso, a diminuição do poder de compra dos consumidores, também causada por esses dois fatores econômicos, segue dificultando a retomada do mercado como um todo”.

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A análise por idade da dívida, ainda em janeiro deste ano, mostrou que quanto mais recentes são os débitos contraídos melhor o percentual de recuperação. Ou seja, quanto mais antiga uma dívida é, menor a chance de pagamento. Sobre os compromissos vencidos há apenas 30 dias vê-se uma recuperação de 51,8%. De 30 a 60 dias o percentual cai para, 31,7%; de 60 a 90 dias, 20,8%; de 90 a 180 dias, 11,5%; entre 180 dias e o primeiro ano, 6,7% e 2,5% entre um e mais anos.

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