BC reforçou preocupações com a inflação à frente

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Nossa expectativa – O Banco Central manteve a principal mensagem do comunicado do Copom divulgado na semana passada e reforçou as preocupações com a inflação à frente. Tanto o cenário básico quanto a expectativa de mercado para a inflação neste ano estão se aproximando do teto da meta, e há um risco crescente de contaminação da expectativa de inflação para o próximo ano. Nesse contexto, o Banco Central decidiu adotar uma postura mais agressiva para melhor orientar as expectativas de inflação.
O cenário econômico principalmente no curto prazo é repleto de incertezas em meio ao severo agravamento da pandemia que tende a provocar impactos mais negativos na atividade econômica, mas ao mesmo tempo pode agravar a situação fiscal devido à redução da arrecadação e a necessidade de aumentar ainda mais os gastos do governo para apoiar famílias e empresas. Sobre este último, a equipe econômica já estuda a possibilidade de retomar o estado de calamidade pública, permitindo ao governo gastar mais do que os limites fiscais para financiar ações de combate à pandemia. Nesse cenário, o balanço de riscos para a inflação segue em alta, reforçando nossa expectativa de retirada gradual dos estímulos monetários neste e no próximo ano.
Em nossa opinião, o Banco Central aumentará a taxa básica de juros em 75 pbs em maio, seguido por três altas de 50 pbs e duas altas de 25 pbs no restante deste ano. Nesse cenário, a Selic encerraria 2021 em 5,5%, superior à nossa projeção anterior de 4,5%. As altas de 25 pbs continuariam em 2022 até atingir a taxa de equilíbrio de 6,5% em junho, estabilizando-se neste patamar e assumindo uma implementação de vacinação mais sólida.
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Mitsubishi UFJ Financial Group, Inc. (MUFG)

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