Biden tenta afastar críticas sobre saída do Afeganistão

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Joe Biden (Foto: Gage Skidmore/CC)
Joe Biden (Foto: Gage Skidmore/CC)

O presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu ontem responsabilidade pela tumultuada saída das forças norte-americanas do Afeganistão. Ele disse que era a melhor opção disponível, após um importante rival republicano descrever o episódio como uma ferida autoinfligida que tornou os EUA menos seguros.

Mais cedo, durante o dia, o Talibã celebrou sua vitória sobre os norte-americanos, disparando tiros para o ar, desfilando caixões revestidos com bandeiras da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e dos EUA e aplicando suas próprias regras após a retirada das últimas tropas estrangeiras.

Em sua primeira declaração após a saída, Biden disse que 90% dos norte-americanos que queriam sair conseguiram, e que Washington tinha poder de negociação sobre os militantes islâmicos para garantir que outros 100 ou 200 consigam deixar o país se quiserem.

“Eu assumo a responsabilidade”, disse, acrescentando que os EUA estão longe de encerrar seu envolvimento com o Afeganistão e, especialmente, com os combatentes do Estado Islâmico no país.

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O Talibã agora controla uma porção maior de território do que controlava antes de ser removido do poder, na mais longa guerra travada pelos EUA, que tirou a vida de quase 2,5 mil militares norte-americanos e de cerca de 240 mil afegãos, custando por volta de US$ 2 trilhões.

Mais de 123 mil pessoas foram retiradas de Cabul, em uma operação gigantesca e caótica de saída pelo ar conduzida pelos EUA, além seus aliados nas duas últimas semanas, mas muitas pessoas que ajudaram os países ocidentais durante a guerra foram deixadas para trás.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, disse que os norte-americanos haviam sido abandonados além das linhas inimigas.

“Essa foi uma saída desastrada e desgraçada, que irá permitir que o Talibã e a Al Qaeda celebrem os 20 anos dos ataques de 11 de setembro, assumindo o controle total do Afeganistão”, disse o republicano em um fórum empresarial em Ashland, no Kentucky. “Estamos menos seguros como resultado dessa ferida autoinflingida”.

 

Agência Brasil, com informações da Reuters

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