Em 10 de junho, esta coluna prometeu dar uma trégua aos leitores sobre o tema stablecoins. Mas não resistiu 20 dias e abre espaço para a avaliação do Bank for International Settlements (BIS), insuspeito órgão do sistema financeiro: “Se as stablecoins continuarem a crescer, poderão representar riscos à estabilidade financeira, incluindo o risco de vendas de ativos seguros.”
O alerta consta do relatório econômico anual que será divulgado neste final de semana. “As stablecoins levantam uma série de outras preocupações. Por um lado, existe uma tensão inerente entre sua promessa de sempre oferecer conversibilidade nominal (ou seja, ser verdadeiramente estável) e a necessidade de um modelo de negócios lucrativo que envolva liquidez ou risco de crédito. Além disso, a perda de soberania monetária e a fuga de capitais são grandes preocupações, especialmente para economias de mercados emergentes e em desenvolvimento”, alega o BIS.
Stablecoins (do inglês, moedas estáveis) são um tipo de criptomoeda projetada para manter seu valor fixo em relação a uma moeda fiduciária, normalmente o dólar (99% das stablecoins). Ou seja, 1 unidade como o Tether (USDT) ou o USDC sempre valerá 1 dólar, mesmo com as oscilações do mercado. Correto? Não. Um “incidente” em 2023 jogou o valor do USDC para apenas nove centavos de dólar (hoje voltou à paridade com a moeda dos EUA).
“A sociedade tem uma escolha. O sistema monetário pode se transformar em um sistema de próxima geração, construído sobre fundamentos comprovados de confiança e infraestruturas programáveis e tecnologicamente superiores. Ou a sociedade pode reaprender as lições históricas sobre as limitações do dinheiro instável, com custos sociais reais, adotando um desvio envolvendo moedas digitais privadas que não passam no triplo teste de unicidade, elasticidade e integridade. Ações ousadas de bancos centrais e outras autoridades públicas podem impulsionar o sistema financeiro no caminho certo, em parceria com o setor financeiro”, adverte o BIS sobre os riscos das stablecoins emitidas por empresas privadas.
Elétricos no retrovisor
A diferença de preço entre veículos elétricos e veículos com motor de combustão interna diminuiu significativamente na Alemanha, e já se prevê a igualdade de preços antes de 2030. Atualmente, os elétricos estão sendo vendidos por € 3.935, em média, acima dos automóveis convencionais; em 2008, eram € 15 mil mais caros, de acordo com um relatório semestral do Car-Center Automotive Research, em Bochum, compartilhado pela agência de notícias Xinhua nesta sexta-feira.
Rápidas
Na próxima terça-feira, 19h30, um dos maiores especialistas de Turismo, o professor Bayard Boiteux, é o convidado especial da live Troca de Ideias, coordenada pelo professor Mário Beni *** A escritora Carmen Alves recebe a personal trainer oncológica Tayrine Filgueira para um bate-papo, também nesta terça, às 17h, no canal @carmenaalvees *** A escola brasiliense Heavenly International School acaba de se tornar a 1ª do Brasil a firmar uma parceria com o Hallow, maior aplicativo católico do mundo, presente em mais de 150 países *** A Ala Solutions, empresa especializada em terceirização de serviços para condomínios, foi classificada como a número 1 no Rio de Janeiro pela Cushman & Wakefield, administradora condominial com atuação global *** Até 27 de julho, o West Shopping, em parceria com o Centro Social Caminhos do Bem (@centrosocialcaminhosdobem), promove campanha de doação de agasalhos *** O Theatro Municipal de São Paulo lança campanha de doação de pessoa física com o objetivo de manter sua programação.