Bitcoin leva 2 pancadas de uma vez

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Elon Musk
Elon Musk (foto de Daniel Oberhaus, CC)

A informação – não confirmada oficialmente, mas apoiada por muitas fontes – de que a Colonial Pipeline pagou resgate equivalente a US$ 5 milhões em bitcoins para liberar seus sistemas atacados por hackers é a segunda notícia ruim para a “moeda” virtual nesta semana que termina.

Antes, o bilionário Elon Musk anunciou que a Tesla não aceitará mais bitcoin como pagamento por seus carros. A alegação é de sustentabilidade: o enorme gasto de energia para manter o blockchain, espécie de livro-caixa que permite manter o controle e confiabilidade da “moeda”. Segurança discutível, já que roubos virtuais não são incomuns, e ineficiente: milhões de horas de computação são necessárias para manter o sistema. O consumo de energia é estimado em 129 terawatts por ano, equivalente ao consumo de 100 milhões de pessoas.

Além de insustentável, o bitcoin se mostra caminho fácil para operações ilegais, tráfico, transferência de dinheiro de corrupção etc. Esperar que fique sem controle dos Estados indefinidamente é bancar o ingênuo.

O bitcoin chegou a desabar 12% e ainda operava, sexta-feira, 7% abaixo do nível em que se encontrava antes das declarações de Musk. O bilionário vem sendo criticado por ter comprado US$ 1,2 bilhão em fevereiro da “moeda” virtual. Qual seria o interesse dele? Como não tem histórico de alta governança, acusações de manipulação contra Musk começam a pipocar. Mais um ponto fraco do bitcoin.

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Alternativas ao certificado

Representantes de farmácias e médicos discordam sobre o uso de certificação digital em prescrição médica eletrônica. Para o advogado Marcelo Cárgano, do escritório Abe Giovanini Advogados, “o certificado digital é hoje um entrave para a digitalização dos serviços públicos no Brasil”.

Ele afirma que a obrigação é muito cara para a maioria da população (o certificado tem de ser renovado anualmente e chega a custar mais de R$ 300). “Hoje menos de 5% da população brasileira possui um certificado digital”, afirma Cárgano, lembrando que novas formas de assinatura digital podem ser tão ou mais seguras que o certificado sem estarem atreladas a estes custos.

O advogado se refere à MP 983/2020, que criou 3 níveis (simples, avançado e qualificado, este corresponde ao certificado digital) de acordo com o rigor exigido para a operação. “Segundo o Sebrae, desde que a obrigatoriedade do certificado digital foi eliminada, o desempenho nas formalizações de empresas nas juntas comerciais viu grande avanço, sendo que somente em 2021 as assinaturas por meio dos selos de verificação do gov.br foram utilizadas mais de 100 mil vezes para os atos de registro empresarial”, finaliza Marcelo Cárgano.

 

Rápidas

As mudanças de legislação que estão sendo propostas pela Prefeitura do Rio de Janeiro serão debatidas em evento online organizado pela Ademi/RJ em parceria com o GRI, de 18 a 21 de maio. O prefeito Eduardo Paes confirmou presença. Inscrições aqui *** O webinário “O Momento do Setor de Máquinas na Construção – Os fatos que impactam o mercado”, promovido pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), será em 20 de maio, 15h. Transmissão pelo YouTube.

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