Bitcoin liderou ganho em 2024, seguido por ouro e CDI

Para especialista, 'mercado de criptomoedas tem mostrado um nível de resiliência impressionante'

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Criptomoedas (Foto: Gil Cohen Magen/ Agência Xinhua)
Criptomoedas (Foto: Gil Cohen Magen/ Agência Xinhua)

De acordo com o Índice de Ganho Real do Grupo Studio (IGRGS), enquanto aplicações conservadoras, como Selic e CDI, mantiveram ganhos reais de 5,74% e 5,73%, respectivamente, outros investimentos, como o Ibovespa (-8,55%) e o IFIX (-8,02%), apresentaram resultados negativos quando ajustados pela inflação.

Por outro lado, ativos como o ouro, tradicionalmente reconhecido como reserva de valor, e o Bitcoin, classificado como um ativo alternativo, tiveram desempenhos expressivos em 2024. O ouro registrou um ganho real de 23,28%, beneficiando-se do aumento da incerteza global, como as tensões geopolíticas e a oscilação de juros nos mercados desenvolvidos, que aumentaram sua atratividade como porto seguro.

“O desempenho do ouro reflete a busca dos investidores por segurança em momentos de instabilidade global. As tensões geopolíticas e as mudanças nas políticas monetárias de grandes economias criam um ambiente propício para ativos que oferecem proteção, como o ouro, que segue sendo uma referência de resiliência em tempos incertos”, destaca Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.

Já o Bitcoin surpreendeu, com um retorno real impressionante de 163,64% até o momento, em 20 de dezembro, impulsionado pela adoção crescente por investidores institucionais, um ambiente macroeconômico favorável e a busca por diversificação em ativos descorrelacionados. A poupança, embora menos competitiva, encerrou o ano com um ganho real de 2,44%, destacando-se pela segurança para investidores conservadores em tempos de volatilidade.

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Para Monteiro, 2024 foi um ano repleto de contrastes, enquanto ativos tradicionais enfrentaram dificuldades em acompanhar a inflação e a volatilidade do mercado, as criptomoedas e o ouro despontaram como refúgios valiosos para investidores que buscaram diversificação. “Esses resultados reforçam a importância de um planejamento financeiro estratégico, que considere tanto a proteção contra perdas reais quanto as oportunidades em classes de ativos menos convencionais”.

O desempenho dos investimentos conservadores também merece atenção, pontua Monteiro, “Selic e CDI seguem oferecendo segurança e retorno acima da inflação, o que é especialmente relevante em períodos de incerteza econômica”.

“Em 2024, acompanhamos oscilações na taxa básica de juros, com momentos de queda seguidos por um novo ciclo de alta, refletindo os desafios no controle da inflação. Essas variações trouxeram impactos mistos, fortalecendo a confiança dos investidores em aplicações conservadoras durante os momentos de alta, mas também exigindo uma reacomodação constante das expectativas econômicas e o ajuste no planejamento financeiro a longo prazo”, pondera Monteiro.

Ainda segundo ele, “com um ano tão diversificado em resultados, 2024 deixa um aprendizado claro. A diversificação de carteira e a análise criteriosa do cenário econômico são essenciais para ganhos reais consistentes.”

Segundo Alex Andrade Silva, CEO da Swiss Capital, esse desempenho do Bitcoin oferece perspectivas animadoras para os investidores, com grande potencial de crescimento até o final de 2025.

“Este novo pico do Bitcoin reflete um movimento significativo no mercado, principalmente quando comparado ao desempenho de outros grandes ativos globais, como petróleo, ouro e o S&P 500, que apresentaram resultados negativos nos últimos meses. O preço do Bitcoin subiu 32% no último mês, enquanto o petróleo caiu 6,3%, o S&P 500 teve uma queda de 1%, e o ouro também registrou uma baixa de 1%. Esse contraste é um sinal claro de que o Bitcoin está se consolidando como uma classe de ativo mais resiliente”, comenta Silva.

O especialista destaca que o movimento atual do Bitcoin pode ser interpretado como um indicativo de que o mercado de criptomoedas está entrando em uma fase de euforia, um estágio que, de acordo com a terminologia dos traders, é caracterizado por um otimismo elevado e um aumento substancial na demanda.

“O que estamos vendo agora é um impulso que pode se estender até o final de 2025, com a possível continuidade da alta do Bitcoin e uma ampliação do seu reconhecimento como reserva de valor no cenário global.”

Com o Bitcoin se destacando como um ativo de performance superior, o mercado de criptomoedas atrai cada vez mais a atenção dos investidores, que começam a vê-lo não apenas como uma alternativa de alto risco, mas também como uma proteção contra as incertezas econômicas tradicionais. Para Silva, a tendência de valorização do Bitcoin pode continuar a se fortalecer, impulsionada pela crescente adoção institucional e pela confiança renovada no potencial disruptivo das criptomoedas. “O mercado de criptomoedas tem mostrado um nível de resiliência impressionante e, com a redução da liquidez global, o Bitcoin tem se tornado cada vez mais atraente como uma opção de investimento estratégica”, conclui o CEO.

O Bitcoin, que atualmente é cotado a R$ 593.766, representa uma das maiores surpresas do mercado financeiro global, e as expectativas para 2025 continuam a ser promissoras, conforme a adoção de criptoativos cresce entre investidores e instituições.

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